Sempre polêmico, John McAfee foi notícia várias vezes durante os seis anos depois que vendeu a empresa de antivírus fundada por ele à Intel, por bilhões de dólares. As razões para se tornar motivos de manchetes são afirmações, como na ocasião em que disse ser capaz de espionar mensagens encriptadas no WhatsApp e que não teria "nenhum problema" em se tornar presidente.

Apesar de nunca ter conseguido conquistar exatamente alguma credibilidade nessas alegações, agora ele está tentando reivindicar algo muito mais importante: o seu nome.

De acordo com o Bloomberg, McAfee processou a Intel pelo o direito de usar seu nome, após a fabricante de chips ter impedido seu pedido em relação a questões de marca registrada.

A ação vem depois que McAfee se tornou CEO e presidente da empresa de jogos on-line MGT Capital Investments em maio e planejava mudar o nome dela para John McAfee Global Technologies. A Intel, que é proprietária de "marcas comerciais, nomes comerciais, e associados" com o nome McAfee, advertiu que o novo nome da empresa de jogos seria uma infração de propriedades intelectuais.

Em uma queixa no Tribunal Distrital de Nova York, a MGT e McAfee argumentam que "em nenhum ponto do acordo McAfee assinou os direitos de seu nome pessoal [...] ou concordou em restringir o seu direito de fazer negócios usando o seu próprio nome" e que o acordo com a Intel "não continha qualquer termo de não-competição".

Os autores argumentam que, em janeiro de 2014, Intel abriu mão da marca McAfee e começou a comercializar o software de antivírus sob o nome "Intel Security". De acordo com a Bloomberg, a fabricante de chips está agora tentando vender a empresa, mas vai usar a marca McAfee para ajudar a torná-la mais valiosa para os potenciais compradores.

Para Kerry Smith, do conselho da Intel, "qualquer uso do nome McAfee seria susceptível a diluir a marca McAfee [...], reduzindo a sua associação única com a McAfee e Intel Corporation." John McAfee solicitou um julgamento por júri, a fim de ganhar os direitos para usar o seu nome.