
Economia e mercado 27 Mai
27 de maio de 2025 2
A realme apresentou nesta terça-feira (27), em Paris, a sua nova família de smartphones, composta pelos modelos GT 7 e GT 7T, com a presença in loco do TudoCelular. O destaque para eles ficou por conta da bateria de 7.000 mAh, na nova tecnologia de silício-carbono.
E para dar mais detalhes sobre os lançamentos, a fabricante reuniu os jornalistas no local para uma coletiva com o especialista de marketing de produtos, Clutch Wu, e o CMO e vice-presidente, Chase Xu. Confira os destaques a seguir.
Clutch Wu explica como foi possível colocar uma bateria de 7.000 mAh nos novos celulares, sem comprometer a espessura deles. A empresa decidiu utilizar o novo material de silício-carbono, porém com algumas diferenças em relação às demais marcas que aproveitam a mesma tecnologia.
Segundo Clutch, a realme decidiu implantar a densidade mais alta do setor no momento, em torno de 10%. Além disso, ele explica que o formato da peça é circular, a fim de garantir maior segurança.
“Em comparação com outros concorrentes do setor, nossa bateria de silício-carbono é um pouco diferente. Há duas coisas diferentes dentro dela. Primeiro, eu diria que a densidade do carbono do silício é a mais alta do setor atualmente. É algo em torno de 10%. E, mais tarde, vamos expandir os limites o máximo que pudermos. Nos próximos anos, você verá que a porcentagem de silício será superior a 50%, 60%. E, no geral, a bateria de 10.000 mAh será feita para um produto de produção em massa em um futuro próximo.
E a segunda coisa, na verdade, é sobre o formato, porque quando você injeta muita corrente quando a potência de carga está muito alta, é meio perigoso, pois há muitos eletrólitos dentro da bateria. Então, o formato do silício é muito importante. Ao contrário de outras, o formato da bateria do realme GT 7 é como um círculo. Na verdade, é como diminuir as possibilidades de expansão. Neste caso, será muito mais seguro. É por isso que melhoramos a carga supersônica de 120W interna com a combinação de 7.000 mAh.”
Clutch Wu
Especialista de marketing de produtos
O especialista acrescenta que os layouts adotados por outras fabricantes não permite potência tão alta de carregamento, quando as baterias possuem uma capacidade superior a 6.000 mAh.
“Ao contrário de outros, se você comparar esses dados com outros concorrentes do setor, descobrirá apenas se, por exemplo, a capacidade da bateria for maior que 6.000 mAh, a potência de carga cairá. Provavelmente, para menos de 100W.”
Clutch Wu
O TudoCelular questionou o executivo sobre a possibilidade de ampliar a política de atualizações atual da marca, neste momento em quatro updates de software, uma vez que já existem fabricantes que fornecem até sete anos.
Em resposta, Wu ressalta que a estratégia para este ano já foi considerada ousada, ao ampliar das três para quatro mudanças do “robozinho”, além de seis anos de pacotes de segurança. Contudo, não descartou que, para o futuro, essa longevidade seja expandida ainda mais.
“Há cerca de um ano, nossa estratégia era de três versões do Android e quatro anos de manutenção. Na verdade, fizemos uma votação para este ano, com quatro atualizações diferentes do Android, e seis anos de manutenção já estão definidos. Mas, obviamente, as pessoas estão ansiosas por uma manutenção mais longa para seus filhos quando usam o smartphone de nível flash. Então, basicamente, nós realmente entendemos isso.
E, do nosso ponto de vista, estamos tentando descobrir se isso é realmente uma necessidade para a maioria dos usuários e se todos estão tentando descobrir como usar o smartphone por mais de três ou quatro anos, mudaremos nossa estratégia posteriormente. Então, fizemos uma jogada ousada este ano e, talvez, outra no próximo.”
Clutch Wu
A realme também aproveitou para abordar as expectativas e os investimentos no Brasil. Chase Xu fala que a intenção é colaborar de maneira mais próxima com parceiros de varejo em cada localidade, para entender as características das regiões individualmente.
No caso do mercado brasileiro, ele destaca a importância da nova fábrica da empresa em Manaus, que permitirá melhorar a cadeia de suprimentos e a capacidade de produção para atender melhor às necessidades dos usuários.
“Outro grande esforço é definitivamente para as cadeias de suprimentos e manufatura. Como sabemos, já montamos uma fábrica no Brasil, em Manaus. Acreditamos que isso definitivamente melhorará nossa cadeia de suprimentos e também nossa capacidade de manufatura para melhor atender às necessidades dos nossos usuários locais. Então, isso é algo sólido que levamos mais do que apenas pelo trabalho.”
Chase Xu
O executivo detalha que o Brasil foi citado constantemente em reuniões como uma solução e um mercado com potencial de oportunidades, devido à situação da concorrência no momento.
“É uma ação essencial para nós. E ‘Brasil’ tem sido uma palavra-chave muito popular internamente no Brasil. Foi mencionado repetidamente em todas as reuniões em que falávamos sobre produtos e mercados. O Brasil sempre foi uma solução. É um grande mercado, com grande potencial, e vemos muitas oportunidades nele, porque acreditamos que a concorrência no Brasil não é tão acirrada quanto a de outros mercados mais maduros.”
Chase Xu
Para completar, Chase ainda conta o motivo pelo qual a realme não chegou a entrar no mercado de smartphones dobráveis. Apesar de ter introduzido um modelo de demonstração, a empresa preferiu se concentrar em melhorar a experiência das linhas já existentes.
“Sabemos que, há cerca de três ou quatro anos, percebemos que a indústria estava seguindo uma tendência para telefones dobráveis, e cada vez mais fabricantes estão lançando novos modelos agora. Desenvolvemos uma demonstração real de um telefone dobrável e quase o lançamos no mercado, mas acabamos não lançando. Isso se deve à nossa estratégia de produto. Queríamos nos concentrar em melhorar a experiência do usuário em nossas linhas de produtos atuais, realmente aprimorar em termos de desempenho, imagem e design. Isso já é muito para nós. Queríamos aprimorar o formato clássico do telefone antes de expandir para a área de telefones dobráveis.”
Chase Xu
Xu adiciona que, caso no futuro haja um maior amadurecimento das tecnologias para dispositivos flexíveis e uma demanda maior nesse segmento, a realme voltará a considerar a entrada na categoria.
“Outra consideração é que a tecnologia para celulares dobráveis pode não estar tão madura para a maioria da população no momento. Por exemplo, há dois pontos principais: um para a bateria e outro para o peso. Então, queríamos esperar um pouco para ver. Se as tecnologias estiverem maduras o suficiente e se houver uma demanda maior dos usuários, certamente consideraremos lançar dispositivos dobráveis.”
Chase Xu
E aí, qual é a sua avaliação sobre as considerações da realme? Participe conosco!
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