29 Setembro 2016
Uma vez que os dispositivos móveis se tornam cada vez mais poderosos, as baterias são sempre um problema enfrentado pelas fabricantes, pois a vida útil deve ser boa o suficiente para agradar os usuários mais exigentes. Baterias tendem a aumentar de capacidade a cada geração, mas apenas o suficiente continuar dentro do padrão de tempo de duração que já conhecemos. E isso ainda é insuficiente para muitos.
No entanto, no próximo ano isso pode mudar com uma nova tecnologia de baterias de íon de lítio, que estará disponível e será capaz de superar em dobro a capacidade das baterias de hoje. A tecnologia está sendo desenvolvida pela SolidEnergy Systems, e será usada já no final deste ano em drones, e outras aplicações em breve.
Mas como funciona? Ao contrário de uma bateria de íons de lítio tradicional, que utiliza grafite, as baterias da SolidEnergy usarão ânodos de folha de lítio. Esta folha tem apenas 20% da espessura dos ânodos de grafite de hoje, permitindo que as baterias possam armazenar mais energia em um formato menor.
De acordo com Qichao Hu, CEO da SolidEnergy, estas novas baterias terão duas vezes a densidade de energia das baterias atuais. Por isso os dispositivos de hoje, tais como smartphones, podem optar por aproveitar o dobro da energia na mesma quantidade de espaço que já reservam às baterias, ou manter a mesma quantidade de energia para reduzir o espaço ocupado por elas.
No ano passado, Hu revelou um protótipo de bateria que tinha a metade do tamanho de uma bateria de iPhone 6 e com uma capacidade de 2,0 ampére-hora, que supera a bateria atual usada pelo iPhone 6, que é de apenas 1,8 ampère-hora. Além de fornecer mais energia em um espaço menor, estas baterias são também mais seguras, pois elas são não-inflamáveis. Desse modo, evita-se acidentes fatais causados por explosões de baterias.
A partir do próximo ano, a SolidEnergy planeja começar a produzir esses novos componentes para alguns dos dispositivos mais utilizados pelos consumidores, incluindo smartwatches. Por sinal, a bateria foi justamente um dos obstáculos que parece ter impedido a Apple de implementar celular na 2ª geração do Apple Watch. Além disso, Hu espera superar a Tesla criando uma bateria para veículos que vai durar por 400 milhas antes de precisar ser recarregada. E, claro, smartphones podem finalmente receber energia que dura o dia inteiro com o uso pesado.
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