08 Abril 2017
As desenvolvedoras de jogos podem ter perdido terreno na guerra contra a pirataria nos games. Um grupo chinês alega ter conseguido realizar a quebra da proteção no jogo Rise of the Tomb Raider, o mais recente título com a protagonista Lara Croft, finalmente marcando uma vitória dos piratas contra o software Denuvo, que desde 2014 tem garantido a propriedade intelectual em vários jogos desde então.
A recente batalha começou no último fim de semana, quando um cracker conhecido como Volski descobriu uma falha no Steam que permitia que vários jogos protegidos com a tecnologia fossem jogados gratuitamente. Na realidade, ele apenas conseguiu burlar a proteção, mas liberou cópias de DOOM. Depois, apareceram na rede versões ilegais de Rise of the Tomb Raider, Just Cause 3, Homefront: The Revolution, ABZU, INSIDE e Total War WARHAMMER.
O próprio Volski calcula que cerca de 650 mil pessoas usaram o seu método para adquirir cópias ilegais de jogos no Steam. No entanto, a Denuvo foi relativamente rápida e, na segunda-feira, incluiu um patch que cobriu a falha descoberta pelo cracker, novamente impedindo que usuários baixassem jogos gratuitamente.
Desativaram as ativações para a demo de DOOM, das quais o esquema dependia. Eles demoraram três dias para fazer isso. Parece que a Denuvo não trabalha aos fins de semana, provocou um amigo de Volski, identificado como Royalgamer06, ao site Torrent Freak.
Apenas o começo
No entanto, um grupo conhecido como CONSPIR4CY, que se denomina uma colaboração entre o CPY e CODEX, publicaram uma versão crackeada do Rise of the Tomb Raider ainda na segunda-feira. O release não depende da falha encontrada por Volski, e se diz totalmente funcional, com a proteção totalmente vencida.
Claro, não há como afirmar que essa quebra realizada pelo CONSPIR4CY tenha qualquer ligação com os vazamentos do fim de semana. A versão de computador de Rise of the Tomb Raider já tem seis meses, e é possível que o grupo tenha começado a trabalhar em sua quebra há bastante tempo.
A questão agora é observar a movimentação da Dunovo. A reação da empresa austríaca é fundamental para o futuro da proteção de jogos. Se ela for rápida em oferecer uma solução para a quebra de seu código, pode manter o fôlego na indústria e faturar mais alguns milhões. Mas, se falhar, pode ser o início de seu declínio, com a perda da confiança por parte de desenvolvedores e publicadores. A ver.
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