Seguindo a atitude tomada pelo Uber, o app de mensagens voltado para o mundo corporativo Slack fez a sua primeira movimentação para entrar na bolsa de valores de Nova Iorque. No entanto, ao contrário do que foi visto com a empresa de mobilidade urbana, a ação tomada pela companhia foi um tanto quanto singular, indo para a listagem direta.

Com isso, a empresa se diferencia de outras gigantes do mundo tech que entraram na bolsa através do IPO. Indo para a listagem direta, os atuais acionistas podem colocar suas partes a disposição de investidores, não sendo estabelecido preços fixos para as ações.

Essas, por sua vez, poderão ser comercializadas no mercado aberto sem que os bancos subscrevam a oferta. A movimentação é considerada como menos dispendiosa, mas ao mesmo tempo, oferece mais risco para a companhia.

Em relatório, o Slack informou que a sua plataforma é usada por mais de 600 mil organizações em mais de 150 países, totalizando mais de 10 milhões de usuários ativos diariamente. Para o ano fiscal encerrado no último dia 31 de janeiro, a companhia relatou que teve um prejuízo líquido de U$$ 139 milhões e uma receita de U$$ 401 milhões.

Seguindo os passos do Spotify, que também escolheu a listagem direta quando foi a público no ano passado, a perspectiva do Slack é que sua marca suba para o valor de U$$ 100 milhões de dólares com a movimentação. O registro da intenção ainda informa que a empresa pretende implementar novas ferramentas empresarias, desenvolver um ecossistema voltado para desenvolvedores e atingir mercados internacionais.

Com um histórico de ter levantando mais de U$$ 1 bilhão de dólares em investimentos externos, a expectativa é que a empresa entre na bolsa já no próximo mês.