O Google agiu novamente e baniu quase 600 aplicativos da Play Store por "abusar" das permissões do Android para cometer fraudes com anúncios. A informação foi confirmada nesta semana em um comunicado oficial na página de segurança da empresa.

De acordo com o Google, os aplicativos não podem exibir anúncios quando a ferramenta não está em uso (aberta) ou que induzam usuários a clicar em banners por engano. Todos os apps banidos infringiram essa regra:

são anúncios perturbadores [...] aqueles que são exibidos aos usuários de maneira inesperada, incluindo com a intenção de prejudicar ou interferir na usabilidade do dispositivo.

Citando um exemplo, Per Bjorke, gerente sênior de produtos do Google para tráfego de anúncios, foi bem direto:

Em alguns casos, os aplicativos infratores exibiam anúncio de tela cheia que aparecia durante uma ligação ou no uso do navegador. Usando uma abordagem baseada em aprendizado de máquina, chegamos a esses apps. Os desenvolvedores mal-intencionados continuam se tornando mais experientes na implantação e mascaramento de anúncios disruptivos, mas desenvolvemos novas tecnologias próprias para proteger contra esse comportamento.

O relatório do Google destaca que a maioria dos aplicativos banidos foram desenvolvidos na China, Índia e Cingapura. No entanto, o ponto curioso é que a maioria deles era destinada ao público de língua inglesa. O BuzzFeed News cita que a empresa chinesa Cheetah Mobile teve mais de 40 apps removidos.

Embora essa não seja a primeira vez que o Google resolve agir, a gigante das buscas continua trabalhando para evitar que apps problemáticos continuem na Play Store. A empresa deve oferecer reembolsos a companhias e pessoas afetadas pelos anúncios perturbadores.