Economia e mercado 05 Out
A Apple removeu vários aplicativos russos da App Store na última terça-feira (27), incluindo a maior rede social do país, a VKontakte. Todos os títulos retirados da loja oficial de aplicativos da norte-americana pertencem à mesma desenvolvedora, a VK.
Os aplicativos incluem uma plataforma de streaming de música (VK Music), uma loja com marketplace (Youla) e um app de notícias com serviços de e-mail (Mail.ru).
É comum que aplicações sejam removidas da plataforma ao violar os termos de uso e privacidade da empresa, mas a iniciativa da big tech parece ser seguimento dos embargos contra a Rússia, uma vez que se afastou do mercado regional após a invasão na Ucrânia. Por ora, os mesmos aplicativos seguem disponíveis na Google Play Store.
Em nota ao The Verge, um porta-voz da Apple afirmou nesta quarta-feira (28) que a remoção segue novas restrições impostas pelo Reino Unido.
Esses aplicativos estão sendo distribuídos por desenvolvedores de propriedade majoritária ou controlados por uma ou mais partes sancionadas pelo governo do Reino Unido. Para cumprir essas sanções, a Apple encerrou as contas de desenvolvedores associadas a esses aplicativos, e os aplicativos não podem ser baixados na App Store, independendo da localização. Os usuários que já baixaram esses aplicativos podem continuar a usá-los.
Adam Dema
Porta-voz da Apple
As novas sanções do Reino Unido atingem 23 executivos relacionados ao Gazprombank, um banco russo atrelado à VK. Cabe lembrar que a desenvolvedora foi fundada em 2006 por Pavel Durov, o mesmo criador do Telegram.
Conforme explicado, os usuários que possuem esses aplicativos instalados em seus celulares, tablets ou computadores poderão continuar utilizando os softwares normalmente, mas serviços de notificações e pagamentos podem não funcionar. Além disso, ainda é possível acessar os serviços em suas versões web por meio de um navegador.
A Apple, Samsung e outras empresas tiveram suas fatias de participação de mercado reduzidas significativamente na Rússia após suas sanções comerciais, abrindo espaço para que fabricantes chinesas, como Xiaomi e TECNO, crescessem rapidamente. Um porta-voz informou que a sul-coreana não pretende retornar ao mercado russo.
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