Lançado globalmente na quinta-feira, o novo OnePlus Open é um smartphone dobrável que chegou ao mercado com a missão de superar os concorrentes diretos como Galaxy Z Fold 5 e outros chineses, como o Honor Magic V2.

Para cumprir essa tarefa difícil, o primeiro dobrável da OnePlus foi anunciado com Snapdragon 8 Gen 2, 16 GB de RAM, um conjunto de câmeras poderoso e também boa bateria com carregamento rápido de 67W.

Mas será que vale a pena pagar o preço que a fabricante pede nele? O grupo do TudoCelular teve acesso a uma unidade e te conta tudo sobre o Open nos próximos minutos.

O OnePlus Open é um smartphone dobrável agradável e o seu peso é de cerca de 240 gramas, enquanto que fechado a espessura pode chegar a 12 milímetros quando você considera o módulo de câmeras.

Em suma, é um smartphone grosso, mas isso já é um padrão da indústria de celulares dobráveis. Como característica de design, temos aqui também um grande módulo de câmeras que ocupa quase toda a metade superior da traseira.

Na parte externa, nós temos uma tela com poucas bordas e tamanho "digno" para um bom uso no dia a dia.

Usar esse display passa a impressão de estar usando um "smartphone comum". Ou seja, sem aquela abordagem mais estreita que a Samsung e outras empresas oferecem.

E como estamos falando de um smartphone da OnePlus, aqui no Open também temos um slider para ativar o modo silencioso ou vibração.

Segurar o OnePlus Open não será um problema, uma vez que ele tem laterais achatadas que passam uma boa pegada, enquanto que a dobradiça é suave. Não é tão dura quanto já vimos em alguns celulares da concorrência e tampouco é mole demais.

A construção é feita em metal, sendo que a variante preta traz traseira em couro sintético e a verde em vidro.

No campo do áudio, temos som potente e encorpado ao nível de um tablet. Ao todo são quatro alto-falantes.

E o que vem no pacote do novo OnePlus Open? Temos o smartphone, cabo USB, manuais, chave para remoção de chip SIM, carregador rápido, um adaptador USB e até mesmo capinha na cor do smartphone. Ou seja, um conjunto muito completo.

O OnePlus Open tem tela interna e externa AMOLED LTPO com resolução de 2K e suporte para taxa de atualização de até 120 Hz.

A única diferença é que o display externo é de 6,31 polegadas e o interno traz 7,82 polegadas. Nos dois casos, também temos brilho máximo de 2.800 nits, algo que faz a diferença em ambientes externos.

Já o chipset é o Qualcomm Snapdragon 8 Gen 2 e ele trabalha com 16 GB de RAM LPDDR5X e 512 GB de armazenamento interno UFS 4.0.

Como esperado, esse conjunto vai rodar tudo, absolutamente tudo, da Play Store, incluindo os games pesados mais recentes. Você ainda pode expandir a RAM com mais 12 GB, fazendo o Open ter 28 GB de RAM.

No campo das conexões, o OnePlus Open tem slot para dois chips SIM, conexão 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.3, NFC para pagamentos por aproximação e leitor de digitais na lateral.

A bateria do OnePlus Open tem 4.805 mAh e suporta carregamento rápido com fio de 67 Watts. Em testes iniciais foi possível perceber que essa bateria consegue aguentar bem e você vai conseguir chegar ao fim do dia com coisa de 15%.

Claro que se fizer um uso mais moderado, como navegar na internet e em redes sociais, responder mensagens e afins.

OnePlus Open

• Tela interna AMOLED LTPO Flexível de 7,82 polegadas
  • Display com resolução 2K e suporte para taxa de atualização de 120 Hz
• Tela externa AMOLED LTPO de 6,31 polegadas
  • Display com resolução 2K e suporte para taxa de atualização de 120 Hz
• Plataforma Qualcomm Snapdragon 8 Gen 2
• GPU Adreno 740
• 16 GB de RAM (LDDR5X)
• 512 GB de armazenamento interno (UFS 4.0)
• Câmera frontal interna de 20 MP
• Câmera frontal externa de 32 MP
• Três câmeras traseiras:
  • Lente principal com sensor de 48 MP (OIS, f/1.7)
  • Lente telefoto com sensor de 64 MP (OIS, EIS, f/2.6, zoom óptico de 3x)
  • Lente ultrawide com sensor de 48 MP (EIS, f/2.2, 114º)
• Conexão 5G, dual-SIM, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.3, NFC e leitor de digitais na lateral
• Bateria de 4.805 mAh com carregamento SUPERVOOC de 67W
• Android 13 rodando sob a OxygenOS 13.2

Quando o assunto é software, o OnePlus Open sai da caixa rodando o Android 13 por baixo da OxygenOS que aqui está muito mais parecida com a ColorOS do Find N3, mas sem o excesso de aplicativos pré-instalados.

Essa interface está bem desenvolvida e tem uma abordagem mais voltada para experiência desktop.

Um exemplo disso é o multitarefa, uma vez que você pode abrir três aplicativos ao mesmo tempo na tela interna e navegar entre eles apenas arrastando para os lados. Isso funciona muito bem por aqui não só na horizontal, mas também na vertical.

Outro ponto positivo é que temos também uma espécie de barra de tarefas semelhante a do Windows, onde você pode manter alguns aplicativos fixados para facilitar a abertura. Caso não goste desse recurso, a fabricante também permite ocultar a barra tocando no canto inferior.

Movendo qualquer app para o meio, é possível abri-lo em modo janela. Claro que ainda há alguns pequenos problemas que precisam ser resolvidos quando o assunto é essa barra de tarefas, mas isso com certeza deve chegar em um update futuro.

Por fim, a OnePlus promete quatro anos de atualizações do Android e cinco anos de updates de segurança. Ou seja, algo no nível Samsung e que é muito positivo.

O OnePlus Open tem câmeras certificadas pela Hasselblad e o sensor principal tem 48 megapixels com estabilização óptica, há também 64 megapixels para telefoto com zoom óptico de 3x ou 6x sem perda de qualidade, estabilização óptica, eletrônica e zoom digital de até 120 vezes.

Completa o conjunto traseiro, a lente ultrawide de 48 megapixels. Dito isso, vamos aos testes iniciais que mostraram que o OnePlus Open consegue capturar fotos com a mesma qualidade que um iPhone 15 Pro Max ou Galaxy S23 Ultra.

A câmera principal é capaz de registrar todos os detalhes do campo de visão e as cores seguem um padrão realista. Ou seja, nada de exagero nos tons quentes, por exemplo.

Além disso, em ambientes noturnos esse sensor também vai bem e não há estouro ou problemas significativos em pontos de luz. Talvez o que possa atrapalhar por aqui é o exagero do efeito HDR na definição de cores, fazendo com que o céu fique totalmente branco, por exemplo. Mas, neste caso, é só desativar.

Já a câmera telefoto realmente entrega zoom de 6 vezes sem perda de qualidade. Digo que ela supera até mesmo o que temos no novo iPhone.

Claro que o zoom na modalidade digital começa a perder qualidade quando você passa das 10 vezes e o resultado, a depender da iluminação, pode ser muito problemático.

O sensor ultrawide consegue cumprir bem o seu papel e captura todos os detalhes com maestria, mas é claro que em fotos noturnas a qualidade costuma decair.

Para selfies, o OnePlus Open tem duas câmeras frontais. A externa é de 32 megapixels e a interna de 20 megapixels. Nos dois casos, você vai conseguir ótimas fotos e o sensor interno garante a qualidade necessária para uma chamada de vídeo do trabalho, por exemplo.

Em gravação de vídeo, a estabilização óptica do OnePlus Open funciona muito bem e você pode registrar vídeos em 4K a 60 fps na traseira ou em 4K a 30 fps na frontal.

Lançado globalmente, o OnePlus Open é sim um forte concorrente do Galaxy Z Fold 5 nos países onde é possível encontrá-lo.

O preço dele parte de US$ 1.700, algo em torno de R$ 8.600 em conversão direta e sem considerar impostos brasileiros. Claro que o valor é um tanto salgado, mas aqui nós temos um conjunto que entrega tudo o que há de mais poderoso atualmente no mercado de smartphones.

O sistema de dobradiça está bem calibrado, as câmeras são boas e a OnePlus se preocupa em trazer uma experiência de uso próxima de um desktop, algo muito atrativo.

Contudo, o fato do Open ser um pouco mais espesso pode fazer com que muita gente considere pegar outro aparelho. A OnePlus bem que poderia ter olhado para o concorrente Honor Magic V2 para lançar um dobrável tão fino quanto.

Ainda assim, o Open tem tudo para dar trabalho para a concorrência quando o seu preço estiver mais competitivo em promoções futuras. Uma pena que a marca não venda seus aparelhos no Brasil. Ainda mais que importar agora não é uma opção viável.