Assim como tem feito o governo dos Estados Unidos, o Brasil também precisa discutir a criação de uma reserva estratégia nacional em Bitcoin. A ideia foi defendida pelo chefe de gabinete do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Representando o governo federal na cerimônia de posse do novo presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, Pedro Giocondo Guerra, salientou que o Bitcoin é o "ouro da internet" e o Brasil precisa seguir o que está sendo feito em outros países.

Debater com rigor a constituição de uma reserva soberana de valor de Bitcoin é de interesse público e será determinante para a nossa prosperidade. Afinal, o Bitcoin é o ouro digital, o ouro da internet.

O representante do vice-presidente ainda destacou que o Bitcoin é seguro e está livre de manipulações de outros governos, impedindo até mesmo a inflação.

É uma tecnologia que permite transmitir riqueza de uma ponta a outra do planeta com agilidade e armazenar os frutos do nosso trabalho de maneira eficiente e segura.

No momento, o Brasil ainda não tem uma reserva como a que os Estados Unidos estão tentando constituir, mas um projeto de lei apresentado pelo deputado Eros Biondini autoriza o Tesouro Nacional a usar o Bitcoin como ativo de reserva.

Na justificativa, o deputado destaca que o Bitcoin pode proteger o Brasil de flutuações cambiais e instabilidades geopolíticas. Além disso, o país poderia ir comprando a criptomoeda de forma lenta e gradual, limitando a 5% das reservas internacionais do Brasil, que totalizam US$ 366 bilhões.

Por enquanto, o texto ainda não foi votado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, mas ele pode ganhar "fôlego" diante da manifestação positiva de um membro do governo.