
Economia e mercado 25 Abr
02 de maio de 2025 0
Durante a gamescom latam 2025, realizada em São Paulo, conversamos com Carlos Buarque, mais conhecido como Guto, diretor de marketing da Intel Brasil. Em entrevista exclusiva, ele explicou como a empresa tem se reposicionado globalmente, falou sobre o impacto das incertezas tarifárias no país e detalhou as estratégias voltadas ao público gamer brasileiro.
Segundo Guto, a Intel vive hoje um momento de transformação liderado pelo novo CEO, Lip-Bu Tan, que assumiu após a gestão de Pat Gelsinger.
A gente está num momento de mudança super importante na Intel. É muito evidente o foco em engenharia e produto, que é o DNA da empresa”, afirmou. Ele destaca que, mesmo em um cenário de transição, a nova liderança transmite confiança. “Ele tem uma postura muito humilde de primeiro ouvir, entender, fazer correções... Isso dá segurança ao mercado.”
Apesar do cenário global instável, com discussões sobre tarifas e protecionismo, Guto esclarece que ainda não há impactos diretos no Brasil.
Essa questão da tarifação global ainda está muito volátil. Mas uma das fortalezas da Intel é justamente a nossa área de supply chain.
Ele lembra que a Intel conta com fábricas nos Estados Unidos, Costa Rica, Ásia e colaborações estratégicas com empresas como a TSMC. “Esse nosso supply extremamente diversificado nos dá uma flexibilidade que muitos concorrentes não têm.”
Guto reconhece, no entanto, que esse ambiente de incerteza gera reações imprevisíveis no mercado.
Alguns parceiros têm antecipado pedidos por receio de mudanças nas tarifas. Isso pode gerar flutuações no estoque, com falta ou sobra de determinados produtos. Mas nosso time está preparado para lidar com essas variações.
Durante a conversa, o executivo destacou a importância do público gamer para a Intel e como a empresa tem adaptado sua abordagem diante da diversificação das plataformas de jogo.
O gamer hoje é mais eclético. Ele joga no celular no metrô, joga FIFA no console com os amigos, e depois senta no desktop para jogar Counter Strike com mouse e teclado.
Com isso, a Intel tem promovido campanhas em parceria com empresas como a Microsoft.
"Já fizemos ações em que o consumidor comprava um notebook gamer e ganhava um controle de Xbox, para que pudesse jogar com uma experiência próxima à dos consoles no PC”, exemplificou. A empresa também apoia ofertas com Game Pass e outras vantagens que incentivam a convergência entre plataformas.
Outro foco tem sido tornar a experiência de jogar no PC mais acessível. Guto destaca que muitos usuários vêm dos consoles, onde o processo é mais direto, e encontram no PC uma curva de aprendizado maior.
No PC, o jogador precisa ajustar resolução, FPS, gráficos. É diferente. Por isso, a gente está investindo em inteligência artificial para facilitar essa jornada.
Uma das frentes em que a Intel tem apostado é o uso de IA para auxiliar jogadores iniciantes.
"Imagina um coach com IA que te ajuda a montar um time no League of Legends ou te ensina jogadas. Isso pode fazer a diferença para quem quer começar e ainda não entende o jogo”, afirmou Guto, revelando que a empresa já avalia esse tipo de solução com parceiros.
A inteligência artificial também tem sido usada em ferramentas de apoio ao varejo.
"Temos um aplicativo instalado nos PCs em exposição no varejo, que mostra quais jogos rodam bem naquela máquina. Para o consumidor, isso facilita a decisão de compra na hora”, explicou. Além disso, a Intel está implementando um novo sistema de recomendação inteligente com IA, baseado no perfil do usuário.
Antigamente, o consumidor dizia que queria um computador para educação, mas também jogava. Aí ele comprava uma máquina fraca para os jogos. Agora, com IA, conseguimos perguntar: ‘Vai jogar? Que tipo de jogo? Triple-A ou só FPS competitivo?’. E aí sugerimos a configuração ideal, mais potente ou mais leve, conforme a necessidade.
Além da presença na gamescom latam, Guto confirmou a participação da Intel em outros eventos importantes no país.
“Vamos estar no campeonato de Rainbow Six no Rio de Janeiro, agora em maio”, revelou. A empresa também avalia presença na Brasil Game Show (BGS), dependendo de negociações com parceiros, e mantém iniciativas digitais, como o Intel Gamer Days, com ofertas voltadas para o público gamer.
Já o tradicional Intel Extreme Masters (IEM), que teve edições no Brasil nos últimos anos, não acontecerá no país em 2025.
Esse ano não temos IEM no Brasil, infelizmente. Mas teremos etapas em Dallas, Colônia e Xangai, e sempre levamos influenciadores brasileiros para acompanhar, especialmente por conta do sucesso do Counter Strike por aqui.
E aí, será que a nova liderança da Intel trará novidades interessantes?
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