08 Julho 2015
Os dois líderes do Uber na França foram presos hoje, depois de um final de semana repleto de protestos violentos contra o aplicativo. A dupla, Thibault Simphal, diretor geral da Uber França e Dimitri Gore Coty, diretor geral da Uber Europe, foram levados para responder as investigações do governo Francês se o aplicativo pode ser considerado uma organização ilegal.
Ao colocar clientes diretamente em contato com motoristas que cobram mais barato, o app violaria as políticas e regulações das leis de serviços de transporte do país. Os motoristas do Uber não pagam os mesmos impostos por corrida que taxistas e outros motoristas legalizados na França, uma segunda acusação seria a de coletar ilegalmente dados de seus clientes.
Na última semana, taxistas e motoristas diversos realizaram enormes protestos por todas as cidades da França pedindo a proibição do Uber. Apesar de já ser considerado ilegal no país, o aplicativo está funcionando até a Corte Constitucional francesa julgá-lo em setembro. Apesar disso, as autoridades não parecem dispostas a esperar, e declararam guerra ao Uber, que conta com mais de 400 mil usuários na França. 200 guardas foram colocados nas ruas da cidade apenas para lidar com motoristas do aplicativo.
Os taxistas pedem que o aplicativo seja colocado fora do ar no território francês, e seus motoristas podem ser presos por dois anos ou pagar uma multa de 300 mil euros, já que o código penal do país é bastante severo com o crime de “transporte ilegal de pessoas”.
Esta não é a primeira vez que o Uber tem problemas na França, o Aplicativo já tinha tido sua sede oficial fechada pela polícia em março. Em vários outros países europeus a situação parece ser a mesma. No Brasil, o app se encontra legalizado no momento, mas ele tem gerado protestos cada vez mais fortes dos taxistas, a ponto de chegar a ameaças de morte.
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