23 Setembro 2015
Consumidor brasileiro está aguardando apenas uma boa oportunidade para abraçar outro plano de telefonia móvel, mesmo que isso implique em mudança de operadora. Isso é o que revelou um recente estudo da consultoria GfK, apontando que os consumidores latino-americanos não são muito fiéis a suas operadoras quando vantagens para o próprio bolso aparecem.
A pesquisa, realizada no mês de julho, considerou as respostas de 4,9 mil usuários de telefonia móvel com idades entre 14 e 65 anos. A área de pesquisa englobou o Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru, buscando apurar o comportamento do consumidor quanto a lealdade em relação a sua atual operadora, mesmo diante de simulações de melhores propostas de empresas concorrentes.
Como a tabela acima demonstra, os usuários latino-americanos têm a predisposição para trocar de prestadora de serviço. Apesar de 80% dos entrevistados terem permanecido na mesma operadora no último ano, os níveis de fidelidade no segmento são baixos. Os brasileiros aparecem com 52%, o que os coloca na terceira posição entre o grupo que está sendo chamado de “mercenários” de telefonia celular. Os peruanos lideram com 59% de adesão a mentalidade infiel, com os colombianos na segunda colocação acumulando 53% de consumidores infiéis.
Os chilenos se mostraram os mais fieis com 16% dos entrevistados afirmando que não mudariam de operadora sob quaisquer um dos cenários apresentados. No Brasil, apenas 5% dos entrevistados têm a mesma mentalidade.
As ofertas simuladas que mais atraíram os consumidores foram aquelas em que o preço do plano era mais baixo em relação ao plano atual e ainda incluíam aparelhos gratuitos, além da opção que incluía um plano mais completo igualando o preço que o usuário paga pelo plano atual, mas incluindo também um aparelho gratuito. Os brasileiros se sentiram atraídos ainda por uma oferta em que se oferece o mesmo pacote que possuem por um preço menor e incluem aparelhos mais modernos com preços mais atrativos que os praticados no mercado.
O diretor de operações de pesquisa da GfK na América Latina, Frans Janssen, comenta que “os resultados mostram que há potencial para altos níveis de rotatividade, desde que as ofertas sejam adequadas. Para manter os usuários atuais e conquistar os que estão na concorrência, as operadoras precisam oferecer pacotes que maximizem o lucro para o usuário. É também interessante notar que a portabilidade numérica recentemente introduzida na América Latina também é um fator a ser explorado pelas operadoras”.
As operadoras brasileiras compraram uma briga recentemente contra serviços como WhatsApp tentando reverter as quedas nas receitas, devido ao uso de VoIP para chamadas telefônicas. E você, é um usuário fiel a sua operadora? Ou está apenas à espera de uma oferta melhor para realizar a migração?
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