
10 Dezembro 2015
Semana passada a Qualcomm anunciou o seu novo chipset topo de linha, Snapdragon 820. Ele veio como sucessor direto do Snapdragon 810 lançado no início deste ano, mas abandonou a solução octa-core adotada pela empresa para investir em um processador quad-core customizado pela companhia. Estes são os primeiros núcleos modificados com arquitetura 64-bit, que receberam o nome de Kryo. Mas por que a empresa tomou tal decisão?
Qualcomm alega que não há sentido em chipsets com oito núcleos. Soluções como o Helio X20 da MediaTek que trazem dez núcleos de processamento é algo totalmente ineficaz. A empresa apostou nesta solução com o Snapdragon 810 por causa do marketing. A indústria vende números, e os clientes enxergam que uma solução octa-core entregará mais poder do que uma que possui apenas metade destes núcleos, o que não é verdade. Isso indica que nunca mais veremos algum Snapdragon octa-core? Muito pelo contrário. Qualcomm sabe que precisa continuar competitiva no mercado e para isso é necessário seguir a tendência do segmento.
O Snapdragon 820 é o carro-chefe da companhia. Ela quer mostrar que não precisa tem vários núcleos para entregar um desempenho de ponta. Todo o desenvolvimento foi feito para que cada unidade entregue uma potência muito maior do que os Cortex-A57 usados no Snapdragon 810. Com apenas quatro núcleos, a empresa pode forçar a frequência sem acarretar em alto aquecimento. E para reduzir o consumo, dois dos quatro núcleos trabalham em uma velocidade mais baixa para lidar com tarefas simples. Então seria como você tivesse um processador dual-core de alta desempenho e outro de baixo consumo.
O resultado disso é que o Snapdragon 820 promete ser 30% mais econômico que os modelos anteriores mesmo entregando um maior poder de processamento. Claro, a fabricação a 14nm da Samsung ajudará na redução do consumo e aquecimento, já que o anterior ainda era produzido a 20nm. Não podemos também esquecer da nova Adreno 530 que promete ótimo desempenho gráfico mesmo em dispositivos com tela Ultra HD (4K), sem esquecer do coprocessador Hexagon 680 que promete administrar todo o hardware, especialmente o DSP e novo sensor de câmera que poderá gerar vídeos em 4K a 60 FPS (desde que o módulo usado pela fabricante do smartphone tenha tal capacidade).
Samsung por outro lado continua apostando forte em chipsets octa-core, com o Exynos 8890 que virá para brigar com o Snapdragon 820. Quando os dois chegarem ao mercado realmente poderemos ver se a Qualcomm está certa em investir em um chip topo de linha com apenas quatro núcleos. No uso do dia a dia nem deveremos notar uma diferença no desempenho, o que vai importar é o controle térmico para manter o dispositivo frio e sua duração de bateria. Mas podemos esperar que a solução da sul-coreana seja a nova estrela dos benchmarks.
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