O Edge 30 é pensado para ser um intermediário premium com recursos avançados, sem cobrar tanto do consumidor. Por outro lado, o iPhone 11 ainda figura no mercado nacional como uma opção viável, para quem deseja um aparelho com iOS a um preço mais acessível.

Será que o smartphone da Motorola consegue superar o iPhone com o melhor custo-benefício do momento? É isso que veremos neste Comparativo, aqui no TudoCelular.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Motorola Edge 30

Como temos celulares de gerações bem distantes, o Edge 30 vem com um design mais moderno, desde o seu bloco de câmera oval, até outros recursos mais avançados, como o notch em forma de furo na tela. Do outro lado, o iPhone 11 tem o bloco de câmera quadrado mais antigo da “Maçã”, além do entalhe no formato retangular com um tamanho grande.

A grande vantagem do iPhone fica por conta da sua construção superior. Ele é feito de alumínio nas laterais e vidro na traseira, enquanto o rival ainda contém plástico em todo o seu corpo. A Apple também foi a única a acrescentar uma certificação IP68, que dá resistência a líquidos e poeira.

Apple iPhone 11

Ao menos, a Motorola manteve o peso mais leve e a espessura mais fina do seu dispositivo, frente ao concorrente. Outro ponto positivo dela está na presença do leitor de impressões digitais sob o display. Enquanto isso, a gigante de Cupertino aposta apenas no Face ID como solução biométrica.

Nenhum deles suporta expansão de armazenamento por cartão de memória. Ambos oferecem Wi-Fi de sexta geração e NFC, para pagamentos por aproximação. O Bluetooth 5.2 do Edge ainda é mais avançado que o 5.0 do iPhone.

De um lado, aparece o visual mais moderno e fino da Motorola. Do outro, está a construção superior e o design à prova d’água da Apple. Iniciamos o duelo com um ponto para cada.

Tela

Tela é um quesito que tem um abismo entre estes dois aparelhos. O Edge 30 vem com seu painel OLED de mais de 1 bilhão de cores, além de não decepcionar no brilho e no ângulo de visão. Já o iPhone 11 contém um display IPS LCD com uma série de limitações, desde a luminosidade até o contraste.

A Motorola fornece um display maior em tamanho e em aproveitamento frontal, sem contar a resolução Full HD+, superior à HD+ do rival, e o Gorilla Glass 3, para dar mais proteção contra arranhões. A Apple também deixou de fora tecnologias para aprimorar o streaming, como o HDR10+, presente no Edge.

Para completar, o modelo da Motorola tem taxa de atualização de 144 Hz, para dar muito mais fluidez às animações do sistema e aos jogos que a de apenas 60 Hz do iPhone.

Este é um ponto fácil para o aparelho Android.

Som

De ambos os lados, encontramos um sistema sonoro estéreo, que aproveita o alto-falante de chamadas como canal secundário. Isso significa que nenhum deles vai te deixar na mão quando o assunto é imersão.

O áudio deles entrega potência satisfatória, além do bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. Nenhum deles tem mais um conector físico para fones de ouvido. A Apple não manda mais um acessório adaptado na embalagem. Diferente da Motorola, que envia um fone com plugue USB-C.

Nos detalhes, ficamos com o Edge aqui.

Sistema

Este é um clássico confronto entre Android e iOS. Mesmo sendo um aparelho de 2019, a tendência é que a vida útil de atualizações do iPhone 11 termine ao mesmo tempo que a do Edge 30, já que a Apple entrega alguns anos a mais de grandes updates que a Motorola.

Em termos de fluidez, a interface do Edge se beneficia das poucas modificações e do painel com alta taxa de atualização. Do outro lado, o iPhone procura compensar com otimizações da sua plataforma. O modelo Android também é o único com suporte ao 5G da dupla.

Em termos de recursos, o smartphone da “Maçã” foi lançado com destaque para a tecnologia Deep Fusion, na melhoria de fotos, e ganhou mudanças ao longo do tempo para deixar os apps mais inteligentes e funcionais. Já o Motorola Edge 30 traz desde os famosos gestos para ligar a lanterna e abrir o app de câmera, até o avançado Ready For, para transformar o celular em um PC portátil.

Com a mesma longevidade, a maior fluidez, a rede de quinta geração e as funções premium do Edge dão o ponto a ele.

A Motorola colocou a plataforma 778G Plus no seu intermediário premium, enquanto a Apple inseriu o chip A13 Bionic no modelo de 2019. Será que o Edge é capaz de vencer em desempenho um iPhone três anos mais antigo? Os nossos testes mostraram que não. O dispositivo da “Maçã” ainda foi 17 segundos mais rápido no total, com destaque para a abertura de apps bem mais veloz.

Nos benchmarks, o Edge 30 até consegue se sair melhor no AnTuTu, porém fica bem atrás nos indicadores do Geekbench. Os jogos se saem muito bem nos dois, até com títulos mais pesados rodando suave neles. A vantagem aqui é do modelo da Motorola, que chega a passar dos 100 fps em alguns games. Uma pena que a Apple fica limitada a 60 fps neste modelo.

O iPhone 11 pontua pelo desempenho multitarefas; e o Edge 30 marca pela performance em jogos.

Bateria não é o forte destes smartphones. Para tornar o seu celular o 5G mais fino até aqui, a Motorola sacrificou esta peça e deixou uma capacidade de 4.020 mAh. O número ainda é superior aos 3.110 mAh colocados pela Apple, que aposta nas otimizações do seu sistema para render mais tempo.

Na prática, o Edge tem uma autonomia que passa das 20 horas de uso. Já o iPhone não alcança nem 17 horas longe da tomada. No carregamento, o adaptador de 33 W da Motorola permite uma carga completa em cerca de 1 hora. Do outro lado, a Apple não manda mais o acessório na caixa, porém com um simples de 5 W, similar ao que a empresa enviava, tivemos um total de 3 horas e meia até completar o processo.

Este é um ponto fácil para o Edge 30.

Aqui encontramos um conjunto triplo de câmeras do Edge contra um duplo do iPhone. O sensor principal de 50 MP não chega a empolgar e acaba ficando atrás da lente de 12 MP do iPhone, principalmente no alcance dinâmico. Ambos exploram bem o modo noturno para fotos em locais escuros, só que o top antigo faz o trabalho sem deixar aparentar tanto os granulados.

A ultrawide deles captura mais dos cenários, mas apresenta cantos mais borrados e sofrem para imagens à noite. Ao menos a do Edge 30 vem com foco automático, para aproveitar também nas macros. A lente de desfoque é a mais fraca no trio da Motorola e não fica atrás do modo retrato apenas por software usado pela Apple.

Maior versatilidade e melhores macros de um lado, contra fotos superiores com a principal do outro. Ficamos no empate de novo.

Fotos tiradas com o Motorola Edge 30

Partindo para os vídeos, temos suporte a gravações em 4K dos dois lados, com estabilização óptica para lidar bem com os tremidos. A diferença é que o iPhone filma em 60 fps, enquanto o Edge fica limitado a 30 fps. Pelo menos, vemos um foco ágil e uma captura de áudio de boa qualidade na dupla.

A Apple leva este quesito pela suavidade maior.

Fotos tiradas com o Apple iPhone 11

Selfies já eram o forte da Apple em 2019, e com o iPhone 11 não é diferente. Ele consegue capturar mais detalhes que o Edge 30 neste quesito e não decepciona mesmo em locais escuros. Outro ponto importante é que a Apple também filma em 4K a 60 fps de frente, algo que a Motorola deixou limitado a 30 fps, assim como no conjunto traseiro.

A “Maçã” leva mais um ponto.

O Motorola Edge 30 chegou ao mercado brasileiro pelo preço sugerido de R$ 4.000. Mesmo mais recente, ele ainda foi lançado mais barato que os R$ 5.000 cobrados inicialmente pelo iPhone 11. No varejo atual, a diferença está menor, só que o Edge pode ser achado com maior frequência por menos de R$ 3.000.

Como qualquer economia faz a diferença no bolso do consumidor, a Motorola fica com o último ponto.

Apesar de parecer um confronto improvável, até que o Edge mais novo não foi tão superior quanto o iPhone de três anos antes. O grande destaque dele foi a tela muito melhor no material OLED, além dos recursos do sistema, da presença do 5G e da bateria que rende mais e fica menos tempo na tomada. Ele também vem com fone na caixa e tem um design mais moderno.

Do outro lado, o modelo da Apple tem a construção superior e é à prova d’água, fora o desempenho multitarefas mais rápido e o conjunto de câmeras que tira fotos melhores em muitas condições, sem contar os vídeos mais fluidos e as selfies de maior qualidade.

Os dois beiram quase o mesmo valor atual no mercado brasileiro. Só que uma diferença a favor do Edge 30 acaba tornando este celular o melhor custo-benefício. Mas caso você encontre o iPhone 11 por um preço inferior, ainda não será um negócio ruim comprá-lo.

RESULTADO

Motorola Edge 30: 8 PONTOS

• Design mais moderno, fino e leve
• Tela OLED de 144 Hz com melhores cores
• Sistema sonoro com fone USB-C na caixa
• Software com recursos premium e suporte a 5G
• Performance melhor para jogos
• Bateria com maior autonomia e menor tempo de carregamento
• Câmeras traseiras mais versáteis e com melhores macros
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Apple iPhone 11: 5 PONTOS

• Design à prova d’água e construção superior
• Desempenho multitarefas mais rápido
• Câmeras traseiras com melhores fotos noturnas e alcance dinâmico
• Vídeos em 4K a 60 fps
• Selfies de maior qualidade de dia e à noite

Você escolheria os benefícios do Edge 30, ou ainda prefere as vantagens do iPhone 11? Conte para a gente no espaço abaixo.

• O Motorola Edge 30 está disponível na Magazine Luiza por R$ 1.889.
• O Apple iPhone 11 está disponível na Mercadolivre por R$ 2.150.