
28 Fevereiro 2014
Depois de muitos rumores, a Nokia finalmente lançou seu primeiro smartphone Android. Na verdade, uma família de dispositivos, o Nokia X, Nokia X+ e Nokia XL. Mas não era exatamente o que muita gente considerava que a empresa devia fazer antes de abraçar o Windows Phone para aumentar sua participação de mercado. Na verdade, é até difícil dizer que o sistema desses aparelhos é realmente o Android.
O pessoal do PocketNow fez uma analogia com os caixas eletrônicos para explicar a iniciativa da Nokia. Boa parte dessas máquinas roda alguma versão do Windows, mas você não vai conseguir jogar Sim City ou digitar um documento no Word nelas. Tudo o que elas fazem é um conjunto restrito de ações relacionadas à sua conta bancária.
O mesmo acontece com outros aparelhos baseados em Android, como o tablet Kindle Fire. O “coração” do aparelho é a plataforma do Google, mas, na prática, o usuário não verá muito dele. A interface é diferente e os apps padrão do Google não estão presentes. Sequer é possível baixar aplicativos pela Play Store. É preciso usar uma loja específica, com um acervo bem menor.
O sistema presente na família Nokia X é como se a Microsoft fosse a desenvolvedora do Android, e não o Google. É só fazer um exercício de imaginação. Se o sistema fosse fruto do trabalho da gigante de Redmond, como ele seria?
Provavelmente, ele teria live tiles, assim como o Windows Phone. Não existiria a Play Store, mas sim uma loja própria da Microsoft. O serviço de armazenamento em nuvem seria o OneDrive e o Hangouts seria substituído pelo Skype. E isso é justamente o que ocorre com os dispositivos da linha Nokia X.
Qualquer pessoa que usar um Nokia X não conseguirá usar nenhum aplicativo, livro, filme ou programa de TV que adquiriu previamente na Play Store. A interface é completamente diferente do visual dos demais Androids - e lembra bastante o Windows Phone. Logo, tendo tudo isso em vista, é possível concordar ao menos em partes com a visão da empresa, de que o Nokia X é uma espécie de porta de entrada para o mundo do Windows Phone.
Olhando por esse lado, talvez o lançamento desses produtos não represente nenhuma ameaça ou situação esquisita para a Microsoft, que recentemente adquiriu a divisão de dispositivos móveis da Nokia. Mesmo assim, a empresa não parece muito contente com a novidade. Só o tempo irá dizer se, após a negociação se concretizar até o fim do primeiro trimestre, novos Androids da Nokia surgirão ou se esses aparelhos vão virar item de colecionador.
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