Segurança 16 Set
Estudo feito pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP, durante o primeiro semestre de 2020, mostrou detalhes sobre a quantidade de roubos de celular. Eles revelam duas tendências importantes, que têm relação direta com o impacto da pandemia e a recente reabertura de estabelecimentos comerciais e flexibilização das atividades.
Uma delas é que houve uma sensível queda na quantidade de furtos a celulares nos primeiros meses de 2020, em claro reflexo ao isolamento social provocado pela pandemia de coronavírus, enquanto o mês de junho, quando a flexibilização da economia começou com mais força, mostrou aumento na atividade criminosa.
O estudo compila e analisa boletins de ocorrência e dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foram registradas 69.628 ocorrências de roubo de celulares no Estado de São Paulo no primeiro semestre. Porém, existe grande possibilidade desse número ser ainda maior, porque é comum a subnotificação nesses casos. A pesquisa descarta ainda boletins de ocorrência incompletos ou com erros.
Em janeiro foram registrados 14203 roubos, 24% menos do que o mesmo mês de 2019, e essa tendência se revela também nos meses seguintes: em fevereiro foram 14043 furtos, 19% menos do que o mesmo período do ano passado; março registrou 12028 celulares subtraídos, 40% menos do que o mesmo mês de 2019; abril contou com 8372 roubos, 55% menos do que o mesmo mês do ano passado, em maio foram registrados 8047 roubos, 58% menos do que o mesmo mês de 2019.
Porém, em junho, houve enorme alta (60%)0 0 0, com 12.935 roubos. O número ainda é 32% menor do que o registrado no período de 2019 e, num olhar sobre o primeiro semestre, houve uma queda de 38% no número de roubos no primeiro semestre de 2020, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O período do dia de maior ocorrência de roubo é durante a noite (44,57%), seguido da tarde (22,08%), manhã (18,94%), madrugada (14,14%) e em hora incerta (0,26%).
Há um recorte no estudo que analisa as cidades com maior incidência de roubos. As dez com maior quantidade respondem por praticamente três a cada quatro ocorrências de todo o Estado (76,54%). Como era de se esperar, a capital paulista lidera o ranking, com 39.996 casos, o que corresponde a 57,44% do total. Confira o ranking:
- São Paulo: 39.996 ocorrências
- Santo André: 1.919 ocorrências
- Guarulhos: 1.897 ocorrências
- Diadema: 1.896 ocorrências
- Campinas: 1.681 ocorrências
- São Bernardo Do Campo: 1.651 ocorrências
- Osasco: 1.511 ocorrências
- Itaquaquecetuba: 1.061 ocorrências
- Carapicuíba: 853 ocorrências
- Praia Grande: 826 ocorrências
Dentro da capital, o comportamento dos criminosos é parecido com o que acontece no restante do Estado. A maioria dos crimes acontece durante a noite (44,09%), seguido por tarde (23,19%), manhã (18,74%) e madrugada (13,79%). O bairro com maior índice de ocorrências é o Grajaú, no extremo-sul da cidade, com 1092 ocorrências, e representa 1,57% dos boletins registrados no Estado, e 2,73% da quantidade observada na capital.
Confira os rankings com bairros e locais mais perigosos da cidade:
- Grajaú: 1092 ocorrências
- Capão redondo: 973 ocorrências
- Itaim Paulista: 874 ocorrências
- República: 806 ocorrências
- Jardim Ângela: 656 ocorrências
- Campo Limpo: 644 ocorrências
- Itaquera: 618 ocorrências
- Cidade Ademar: 586 ocorrências
- São Mateus: 550 ocorrências
- Bela Vista: 530 ocorrências
- Avenida Paulista: 215 ocorrências
- Avenida Cruzeiro do Sul: 167 ocorrências
- Avenida Sapopemba: 160 ocorrências
- Avenida Ragueb Chohfi: 160 ocorrências
- Avenida Brigadeiro Faria Lima: 153 ocorrências
- Rua Augusta: 136 ocorrências
- Avenida Marechal Tito: 131 ocorrências
- Avenida Ipiranga: 127 ocorrências
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