Um ataque cibercriminoso feito à Ferrari nesta terça-feira (4) resultou no vazamento de documentos sigilosos da montadora. A modalidade da ação parece ter sido de ransomware, que como o TudoCelular já noticiou recentemente, aumentou em 75% em computadores que utilizam Linux como sistema operacional.

Apesar de confirmar a exposição dos dados, a empresa nega ter sido vítima desse tipo de atitude. Por outro lado, quem assumiu a autoria do ataque foi a equipe RansomEXX, que divulgou em seu site na darkweb ter acesso a mais de 7GB de arquivos ligados à montadora de carros esportivos.

Entre esses arquivos estão planilhas, manuais de reparo exclusivos de oficinas autorizadas e outros dados sigilosos. No entanto, vale citar que a gangue não mencionou nada sobre ter feito negociações com a fabricante ou cobrado valor em troca de tudo o que obteve com o ataque aos seus sistemas.

Com a divulgação do material, especialistas em segurança e até mesmo fãs da marca estão analisando o conteúdo. A princípio, os dados revelados não parecem ter relação com o time de Fórmula 1, somente as ações ligadas aos carros esportivos. Do mesmo modo, informações pessoais de clientes, funcionários e parceiros não foram divulgadas.

A Ferrari, entretanto, diz não ter encontrado falhas, brechas e nem mesmo interrupções no funcionamento do seu sistema. Além disso, ela afirma não ter achado sinais de um ataque de ransomware. Mas, prometeu aprimorar a parte de segurança para evitar algum tipo de problema no futuro.

Essa situação ocorreu, curiosamente, após o anúncio feito pela montadora de uma parceria com o Bitdefender na parte de cibersegurança. Por anos, a empresa teve a Kaspersky como aliada, mas optou por não continuar com o acordo. A modalidade de ataque que teria atingido a companhia é uma das que mais afeta países como o Brasil, segundo relatório divulgado recentemente.