
03 Maio 2017
O TV5Monde, um canal de televisão na França, foi obrigado a engavetar a sua programação regular de quinta-feira depois de ser vítima de um ataque por militantes do Estado islâmico, além de invadir o sinal do canal, eles também sequestraram o site e a redes sociais.
A empresa com sede em Paris, cujos programas são transmitidos em mais de 200 países de todo o mundo, foi alvo de um ataque cibernético que pode foi considerado como "sem precedentes para nós e sem precedentes na história da televisão," disse o chefe da TV5, Yves Bigot, à AFP.
"Quando você trabalha com televisão ... e você descobre que 11 dos seus canais saíram do ar, é claro que é uma das coisas mais terríveis que podem acontecer com você", disse Bigot. Os hackers tomaram o controle da estação e suas operações de mídia social na quarta-feira, através do sistema de TI, eles foram capazes tirar do ar os canais de televisão por várias horas.
Os auto-intitulados jihadistas cibernéticos também postaram documentos em sua página no Facebook com carteiras de identidade e currículos dos soldados franceses que trabalham em operações em território muçulmano, bem como informações sobre suas famílias. Uma ameaça foi direcionada a eles na página do Facebook da TV5Monde.
"Soldados da França, fiquem longe do Estado Islâmico! Vocês ainda têm chance de salvar as vossas famílias, aproveite ela. O CyberCaliphate continua sua cyberjihad contra os inimigos do Estado Islâmico", a mensagem acrescentou.
O Ministério da Defesa em Paris disse que estava trabalhando para verificar se os documentos eram genuínos. Poucas horas depois do incidente a TV5Monde recuperou o controle de suas redes sociais, mas transmissões de televisão ainda levaram muitas horas para voltar ao normal.
"Estamos criando um programa de emergência de modo que não o espectador não fique apenas com uma tela preta. No momento não temos nem e-mails, todo nosso sistema foi retirado do ar", disse o diretor de recursos humanos, Jean Corneil.
O Primeiro-ministro francês Manuel Valls disse que o hack foi um "ataque inaceitável à liberdade de informação e de expressão", expressando "total solidariedade com a equipe editorial." Membros seniores do governo se reuniram na estação para mostrar o seu apoio.
O Ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse: "Tudo está sendo feito para encontrar aqueles que realizaram esse ataque e puni-los. O que precisamos agora é re-estabelecer os programas e evitar que ciberterroristas ameacem a liberdade de expressão no futuro."
Nas redes sociais, os hackers acusaram o presidente francês François Hollande de ter cometido "um erro imperdoável" por se envolver em "uma guerra que não serve para nada. É por isso que os franceses foram presenteados com o que aconteceu com o Charlie Hebdo e o Hyper Cacher em janeiro", referindo-se aos ataques de atiradores islâmicos em Paris na revista satírica e ao supermercado judaico, que deixou 17 pessoas mortas.
A França é parte de uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que realizam ataques aéreos contra IS no Iraque e na Síria, onde o grupo jihadista conquistou parte do território para se declaram um "califado" islâmico.
Perto de 1.500 cidadãos franceses deixaram a França para se juntar fileiras dos militantes no Iraque e na Síria, onde eles representam quase metade do número guerreiros europeus do ISIS, de acordo com um relatório divulgado quarta-feira pelo Senado francês.
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários