02 Setembro 2020
Diversos usuários estão reportando que o governo do Paquistão acaba de bloquear o acesso à várias redes sociais no país, incluindo o Twitter, o Facebook e o YouTube. Um regime de "blackout jornalístico" também foi implantado na região, tirando do ar a maioria dos seus canais de TV. Ao que tudo indica, o bloqueio foi aplicado após a resposta da polícia paquistanesa aos recentes protestos islâmicos que ocorreram por lá — a ação terminou com seis mortos e ao menos 200 feridos.
Às três horas e vinte minutos da tarde deste sábado, o próprio perfil oficial das Políticas Públicas do Twitter publicou uma mensagem comentando sobre o ocorrido, avisando aos internautas que a plataforma está "monitorando a situação". Alguns indivíduos afirmam que ainda é possível acessar o serviço através do uso de redes virtuais privadas (VPNs).
We are aware of reports that the Pakistani government has taken action to block Twitter service, as well as other social media services, and that users are having difficulty using Twitter in Pakistan. We are monitoring the situation and hope service will be fully restored soon.
— Twitter Public Policy (@Policy) 25 de novembro de 2017
Outros internautas também usaram a rede social para denunciar que o YouTube, o Dailymotion e o Facebook também estão fora do ar. Um cidadão identificado como Gibran Ashraf afirma que o governo está tentando impedir que os protestantes se comuniquem, o que causaria uma propagação mais rápida de notícias negativas a respeito da ação policial.
Twitter, Facebook, YouTube, Dailymotion blocked in #Pakistan as govt tries to block communication for religious protesters & everyone else
— Gibran Ashraf (@GibranAshraf) 25 de novembro de 2017
Inimigo da internet
Vale lembrar que, desde 2014, o Paquistão é considerado um dos "inimigos da internet", como são chamados os países que se encontram na lista negra da ONG francesa Repórteres sem Fronteiras. Isso porque não se trata da primeira vez em que a região é alvo desse tipo de censura online; ao longo dos últimos anos, o governo paquistanês já bloqueou diversas o acesso à redes sociais e sites jornalísticos locais.
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