Enquanto a Google segue desenvolvendo uma inteligência artificial capaz de encontrar e punir discursos de ódio em suas plataformas, quatro pesquisadores brasileiros da PUC do Rio Grande de Sul apresentaram na última semana um experimento que pode redefinir a filtragem de conteúdo adulto em ambientes corporativos ou domésticos.

Esbarrar com conteúdo para maiores de 18 no seu trabalho pode gerar situações no mínimo constrangedoras, não é mesmo? Não é difícil cruzar com algum anúncio, ou às vezes publicação em redes sociais que pode acabar se enquadrando assim.

São quatro os pesquisadores dedicados ao desenvolvimento de um filtro capaz de adicionar biquínis em fotos de nudez na rede. Uma exibição foi promovida durante a Conferência Internacional de Redes Neurais, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Segundo Martin More, que toca o projeto ao lado de outros três membros, o projeto se apoia em redes neurais e foi treinado com 2.500 imagens de mulheres nuas ou com roupas de banho para aprender sobre o corpo feminino. Logo após, ele roda um sistema capaz de aplicar vestimentas quando são detectadas fotografias explícitas, dando um aspecto bastante natural.

More, porém, desabafa que esse é um tema negligenciado pelo tabu de promover estudos enraizados em uma natureza polêmica. Fora isso, os idealizadores dessa IA também já sofreram acusações de estarem sendo misóginos por criarem um projeto voltado para a nudez feminina,

O principal intuito da ferramenta é que pais possam estar no controle do que os filhos consomem online, e para lidar com imprevistos, possam evitar que os pequenos entrem em contato com pornografia.

A equipe adianta que também está em desenvolvimento um filtro nos mesmos moldes voltados para a nudez masculina. Ambos projetos, porém, ainda estão em testes iniciais e deverão tomar mais meses ou anos de esforços dos envolvidos até serem replicados em escala doméstica.

E você, o que acha dessa ideia? Conte para a gente nos comentários!