Nesta sexta-feira (23), a usina nuclear flutuante russa Akademik Lomosonov vai fazer sua primeira viagem. A embarcação sairá de Murmansk, na costa noroeste, em destino à cidade de Chukotka. Para isso, irá atravessar o país pelo Ártico.

A usina foi inaugurada em abril do ano passado e somente terminou de ser equipada agora para realizar o trajeto. A intenção do país com a iniciativa é levar energia a áreas mais remotas e com poucas pessoas.

De acordo com o diretor da Rosenergoatom, Dmitry Alekseenko, em entrevista à agência Ruptly, essas áreas não são acessíveis para a criação de modelos mais tradicionais. A empresa para a qual trabalha é a encarregada por gerar a energia.

“O projeto foi criado porque há várias regiões no nosso país em que o acesso de construções convencionais é difícil. É difícil construir qualquer coisa ali, então essa usina pode ser facilmente transportada a um local onde é necessário entregar energia aos moradores e às indústrias.”

Dmitry Alekseenko

Diretor da Rosenergoatom

A Akademik Lomosonov terá como tarefa o abastecimento de energia em uma região portuária e nas plataformas de petróleo no local.

Chamado de “Chernobyl Flutuante” e “Titanic nuclear” pelo Greenpeace, a usina flutuante da Rússia tem recebido duras críticas por especialistas. O principal argumento é que a navegação em águas rasas deixa a embarcação vulnerável a fenômenos naturais, como ciclones e tsunamis.

Por outro lado, Alekseenko garante que não há qualquer parte de combustível exposto no navio, além de precisar ser evitada apenas a contaminação por óleo.

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