
Tech 12 Abr
06 de julho de 2022 6
O Dolby Atmos é um nome muito conhecido, mas que poucos conhecem sua finalidade. Hoje em dia, não é raro esbarrar nesse termo ao buscar uma TV, soundbar ou até mesmo um celular de última geração, mas afinal, o que é o Dolby Atmos? Por que esse recurso é importante? Você poderá descobrir todos esses detalhes a seguir.
(Imagem: Reprodução/Dolby)
O Dolby Atmos é uma tecnologia de som espacial que garante experiência totalmente imersiva desenvolvida pela Dolby, uma famosa companhia especializada em reprodução de áudio que definiu a referência de qualidade dos cinemas atuais. A empresa promete levar a “experiência de cinema” para a sala de estar dos usuários.
O padrão é uma evolução do som surround, caracterizado por entregar som com noções horizontais, isto é, o espectador é capaz de identificar o áudio vindo de frente, de trás ou nas laterais. O Dolby Atmos adiciona um eixo de altura, permitindo que o usuário perceba o som verticalmente, isto é, vindo de cima ou de baixo.
Por exemplo, ao assistir a um filme, o som de um helicóptero no céu é percebido como se estivesse saindo do teto de sua sala ou do cinema; o som de uma explosão na terra é percebido como se estivesse na mesma altura do espectador. Isso cria uma atmosfera sonora — daí vem o nome “Atmos” — totalmente imersiva com a máxima noção espacial.
Conforme explicamos, o Dolby Atmos é como uma evolução do som surround 5.1 e 7.1. Isso porque em vez de configurações com dois canais, a tecnologia utiliza três canais para produzir até 118 objetos de som simultaneamente, permitindo que cada fragmento de informação seja direcionado corretamente e entregue a noção espacial para o usuário.
Mas os conceitos não se limitam à tecnologia de hardware, em vez disso, a Dolby explora como o nosso cérebro responde às direções e frequências de som.
Voltando ao exemplo anterior, imagine que você está na cena de um filme de ação e um Tesla Model S explode à sua direita. O som da explosão chegará primeiro ao seu ouvido direito e irá demorar uma fração de segundo para chegar ao seu ouvido direito — apesar do intervalo quase imperceptível, é essa física que nosso cérebro utiliza para perceber espaço.
O formato da orelha age como um “filtro” de ressonância que ajuda o cérebro a determinar a direção e altura da fonte de um som. Com o Dolby Atmos, os alto-falantes (com um “empurrão” de software) direcionam as diferentes frequências de som para pontos específicos que estimulam a percepção espacial dos usuários.
Para isso, são necessários diversos alto-falantes espalhados no ambiente. Cinemas mais avançados podem ter até 400 alto-falantes trabalhando para entregar a mais imersiva sensação para todos os espectadores. Claro que um usuário comum não poderia ter esse hardware em casa, portanto, os home theaters possuem tecnologias interessantes.
A Samsung possui linha de soundbars que entregam tecnologia Dolby Atmos (Imagem: Samsung)
No cinema, o Dolby Atmos é implementado com vários alto-falantes estrategicamente posicionados nas paredes, no chão e no teto. Em um ambiente doméstico, a mesma arquitetura é utilizada — porém, em escala menor e com alguns “truques”.
Você pode escolher diferentes configurações de canais para sua sala de estar, como o 5.1.2 (5 alto-falantes horizontais, 1 subwoofer e 2 alto-falantes verticais). Há também opções que seguem a mesma lógica, como o Dolby Atmos 5.1.4 e 7.1.2.
Os alto-falantes horizontais e o subwoofer — alto-falante dedicado aos sons mais graves — comumente ficam dispostos no chão e ao lado da TV, sempre próximo à altura do usuário. Já os alto-falantes verticais podem ser instalados no teto da sala de estar ou utilizar uma técnica que dispensa qualquer instalação mais complicada.
Eis o Dolby Atmos Height Virtualization (“Virtualização de Altura do Dolby Atmos”, em tradução livre), uma tecnologia que processa o sinal digital de áudio para criar a sensação de altura por meio dos alto-falantes posicionados no chão, isto é, sem que o som esteja realmente vindo de cima ou de baixo do ouvinte.
Esse recurso aplica filtros de sinalização de altura nos componentes de áudio antes que sejam renderizados e “enviados” ao usuário, permitindo também que o som não fique distorcido. Para isso, um conjunto de alto-falantes no nível do ouvinte simula o som como se estivesse saindo do teto. Outra técnica utilizada é o disparo do som para cima.
O Dolby Atmos Height Virtualization é processado pelos receptores A/V — permitindo que o som seja distribuído de forma adequada entre os alto-falantes dedicados e a TV — e está disponível até mesmo em fones de ouvido mais avançados.
Ao entender como funciona a tecnologia, é fácil visualizá-la em sua casa. Mas se esse é um sistema que exige vários alto-falantes gigantescos posicionados em um ambiente amplo, por que algumas empresas dizem que seus celulares possuem Dolby Atmos?
O Dolby Atmos em smartphones é, na verdade, um software que otimiza os alto-falantes estéreo e fones de ouvido conectados para entregar áudio espacial. Atualmente, a tecnologia está disponível em celulares avançados, como o Samsung Galaxy S22 e o Apple iPhone 13, e até mesmo em modelos intermediários e acessíveis, como o Galaxy A33 5G.
O processador de áudio em um aparelho móvel aplica nossas variadas funções de transferência anatômica do som para os metadados de som para recriar informações espaciais em um sinal estéreo.
Dolby
Com esse recurso, os usuários podem ouvir música “da forma que o artista pretende que você ouça”, segundo a Dolby. A tecnologia é oferecida por várias plataformas de streaming de música, como o Apple Music e Tidal, além de streaming de filmes e séries, como a Netflix — mas lembre-se que nem todas as faixas e títulos estão disponíveis em Dolby Atmos.
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