Em setembro do ano passado, o Google confirmou o encerramento do Stadia, seu serviço de jogos em nuvem que concorria com o GeForce Now, Amazon Luna e Xbox Cloud Gaming.

Na ocasião, muitos se perguntaram se esse também era o fim da divisão de videogames do Google, mas parece que muito ainda está por vir através de uma nova estratégia. O Google está se posicionando como um parceiro de tecnologia para editores de videogames de serviço ao vivo.

O Google está lançando seu programa Cloud como prova de que continua investindo em jogos, depois de encerrar sua plataforma Stadia em janeiro.

Foi nesse momento em que basicamente tivemos que tomar decisões sobre o Stadia que percebemos que, no Google Cloud, damos o nosso melhor quando ajudamos outras pessoas a construir essas coisas, não necessariamente construindo nós mesmos.

Jack Buser, Diretor de soluções da indústria de jogos do Google Cloud.

O Google está vendendo um pacote de serviços para editores de jogos com foco estrito nas operações de jogos de serviço ao vivo, o tipo de jogo que deve ser jogado e atualizado perpetuamente.

O pacote de três partes do Google Cloud, alguns dos quais foram oferecidos anteriormente, inclui uma plataforma de servidor centrada em jogos, gerenciamento de dados de armazenamento em nuvem e um player pesquisável e análise de jogos por meio do BigQuery.

O discurso do Google é que sua tecnologia pode reduzir o risco de jogos de serviço ao vivo, que são lucrativos, mas propensos a inúmeros problemas técnicos, incluindo a possibilidade de serem sobrecarregados por picos de popularidade. Ubisoft, Niantic e Unity são clientes ativos, diz a empresa. O Google está tentando convencer outras grandes editoras a aderirem seu serviço.

À medida que o Google impulsiona seu negócio de nuvem como uma forte opção para empresas de jogos, ele competirá com a própria infraestrutura de nuvem e servidores da Amazon e da Microsoft.

Será que veremos o Google dando a volta por cima no mercado de jogos?