Considerada atualmente uma das principais concorrentes no mercado de carros elétricos e híbridos, a BYD vem gradativamente ampliando sua presença no mercado brasileiro graças a combinação de veículos modernos com preços próximos às opções à combustão mais simples, o que inclusive levou as montadoras tradicionais à cogitar uma reclamação formal no Mdic contra a chinesa.

No entanto, parece que a empresa pode apertar um pouco mais o calo de suas principais concorrentes com uma movimentação que tende a agradar usuários e aumentar ainda mais a distância entre as opções oferecidas no mercado caso as tradicionais não se movimentem para responder: a disponibilidade de sistemas avançados de assistência ao motorista um recurso padrão na maior parte de sua linha.

Normalmente cobrado como um item adicional por boa parte das fabricantes (ou oferecido como um destaque em carros mais caros), os sistemas de assistência ao motorista tendem a aumentar a segurança de motoristas e passageiros em viagens, sejam elas curtas ou longas.

Para se ter uma noção de como sistemas assim são importantes, o Financial Times destacou uma pesquisa realizada pelo Insurance Institute for Highway Safety que identificou uma possibilidade de redução em 50% nas taxas de envolvimento em colisões traseiras e que a adoção mais ampla poderia reduzir a frequência de acidentes em cerca de um quarto, de acordo com uma pesquisa no Reino Unido, enquanto os tipos mais comuns de acidentes seriam reduzidos em 29% com a implantação total.

Só para fins de raciocínio: a Tesla, por exemplo, cobra mensalmente uma taxa de US$ 99 (~R$ 567) pelo serviço que a BYD está se movimentando para disponibilizar gratuitamente ao redor do mundo até em modelos mais simples como o Seagull (aqui vendido como Dolphin Mini).

Por enquanto, ainda não se sabe como será a postura das fabricantes tradicionais com mais esse diferencial para encarar mas certamente, a postura da BYD vai forçar as montadoras mais antigas a repensar se vale realmente a pena insistir na obtenção dessa renda extra ou se é a hora de abrir mão para não perder espaço para a BYD e possivelmente, demais chinesas que podem aproveitar e fazer o mesmo.