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Tech 13 Dez
13 de dezembro de 2016 24
A possibilidade é pequena, mas pesquisadores estão preocupados com a falta de preparo da raça humana com a chance de um asteroide ou cometa chocar-se com a Terra. Durante uma apresentação realizada nesta segunda-feira, em um encontro da União Geofísica Americana, estudiosos falaram sobre o perigo e pensaram em soluções.
Entre as medidas consideradas, há uma que se parece bastante com algo que aconteceu em um episódio de Futurama. No desenho de Matt Groening, no entanto, era uma bola gigante de lixo que ameaçava o planeta - e só causaria mau cheiro, e não a extinção da vida na Terra.
Para resolver, foi produzida uma segunda bola gigante de lixo, que foi lançada em rota de colisão com a primeira. Uma foi desviada para o Sol, e a segunda provavelmente retornaria em cerca de mil anos, mas aí seria problema dos habitantes do planeta no próximo milênio.
No mundo real, quem deu a ideia foi a pesquisadora do Laboratório Nacional Los Alamos, Cathy Plesko. Claro que ela não usou o exemplo de Futurama para ilustrar, mas falou em duas soluções: uma ogiva nuclear ou o impacto cinético, que é basicamente o que aconteceu no desenho.
O impacto cinético é basicamente uma bala de canhão gigante. Essa tecnologia é muito boa para interceptar objetos em alta velocidade. Acaba sendo mais efetiva que grandes explosivos – analisou a cientista.
O problema, porém, é que exigiria cálculos que ainda precisam de refinamento. Já a ogiva nuclear poderia ser lançada praticamente sem problemas hoje em dia, exceto pelos efeitos colaterais: destroços da explosão poderiam causar estragos no planeta, incluindo a morte de algumas pessoas.
O pesquisador do Centro Espacial Goddard, Joseph Nuth, mostrou-se preocupado com isto, apesar de reconhecer que são eventos muito raros, mas com “potencial de extinção, como o que exterminou os dinossauros”.
O maior problema é que não há muito o que possamos fazer no momento.
De acordo com Nuth, houve, ao menos, duas ocasiões recentes em que a humanidade ficou próxima da extinção por causa de um acidente desses. A primeira foi em 1996, e a segunda, a mais perigosa, foi em 2014, quando um cometa passou “dentro da distância cósmica de Marte”. Segundo ele, a descoberta desse evento só se deu 22 meses antes.
Se você observar o cronograma de espaçonaves de alta confiabilidade, leva cinco anos para o lançamento. Nós tínhamos 22 meses.
A Nasa já criou, há algum tempo, um escritório de defesa planetária, que monitora o espaço para detectar a presença de objetos “potencialmente perigosos” com tamanho superior a 30 metros de diâmetro e que possam passar a uma distância menor que 0,05 UA da Terra.
Mas, de acordo com Nuth, não é o suficiente. Ele sugere a construção de um foguete de interceptação que passe por testes periódicos e que possa ser lançado em uma emergência. “Poderia mitigar a possibilidade de um asteroide vindo de uma região difícil de observar, como o Sol”, avaliou.
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