Empresas desenvolvedoras de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) têm uma meta, e ela é justamente o temor de muitos: ultrapassar a inteligência humana. Isso ainda está longe de acontecer, mas para o Diretor de Engenharia do Google, Ray Kurzweil, já existe uma previsão para quando teremos máquinas mais inteligentes que nós.

Ele acredita que serão necessários 12 anos até que os computadores atinjam os níveis humanos de inteligência.

Em uma entrevista na conferência SXSW com Shira Lazar e Amy Kurzweil Comix, ele disse que "em 2029, os computadores terão inteligência de nível humano".

Conhecido como Singularidade, este marco é frequentemente discutido por cientistas, futuristas, e entusiastas em geral, como o momento em que a inteligência artificial fará com que as máquinas se tornem mais inteligentes do que seres humanos.

Essa previsão de 12 anos coloca o prazo muito mais cedo do que o que outros estudiosos afirmaram anteriormente. O físico britânico Stephen Hawking, entre outros, disseram que isso pode ocorrer em 2045.

Masayoshi Son, CEO da Softbank, que recentemente adquiriu a ARM Holdings com a intenção de ser uma das forças a impulsionar a Singularidade, já disse que ela poderia acontecer nos próximos 30 anos.

Apesar de muitos grandes nomes, como Hawking, Elon Musk e até mesmo Bill Gates terem alertado sobre o aprendizado de máquina e inteligência artificial, Kurzweil não está preocupado.

"Isso não é realista", disse Kurzweil sobre uma inteligência artificial que poderia escravizar a humanidade. "Nós não temos uma ou duas AIs no mundo. Hoje temos bilhões".

Kurzweil defende que as AIs nos tornarão mais inteligentes.

Elas podem ainda não estar dentro de nossos corpos, mas, nos anos 2030, vamos conectar nosso neocórtex, a parte do nosso cérebro onde criamos o nosso pensamento, à nuvem... Nós vamos ser mais divertidos, nós seremos melhores na música, nós seremos mais sexys, nós vamos realmente sobrescrever todas as coisas que nós valorizamos em seres humanos em maior grau

Há muitas preocupações sobre a inteligência artificial entre os figurões do Vale do Silício. Em 2015, Stephen Hawking, Elon Musk e Steve Mozniak, entre outros, assinaram uma carta pedindo o fim de armas autônomas, e em fevereiro deste ano a Future of Life Institute divulgou uma série de princípios que as empresas do setor robótico devem seguir.