
21 Março 2013
O Optimus L7 é um representante intermediário no mundo de smartphones equipados com Android Ice Cream Sandwich. A LG não nos enviou um modelo com caixa e acessórios, e por conta desta falta é que estamos trocando a primeira parte do review de Unboxing para Introdução. É a mesma coisa, só que sem a parte da caixa.
Continuando no aparelho, a LG colocou um pouco mais de hardware por aqui quando comparamos o modelo com o L5, que é um pouco mais simples. O processador escolhido pela marca sul-coreana é um Qualcomm MSM7227A Snapdragon que roda um só núcleo em 1 GHz, acompanhado de uma GPU Adreno 200 e 512 MB de memória RAM. Tudo funciona de maneira exemplar para rodar o Android e não há muitos travamentos, parece que o Ice Cream Sandwich está se saindo melhor do que o Gingerbread em hardware semelhante. É o que acontece por aqui.
A tela vem com tecnologia IPS, 4,3 polegadas, que exibirem conteúdo salvo nos 4 GB internos. Enfim, por algo próximo dos R$ 999 é uma ótima escolha. Ou não? Acompanhe o nosso teste deste gadget que nem custa muito, nem pouco.
Na lateral direita não há qualquer botão, sendo que no outro lado encontramos dois botões para controlar o volume, que também funcionam como botões dedicados para registrar fotos com a câmera traseira ou com a dianteira.
Na parte inferior a empresa instalou a porta microUSB e justamente ao lado dela está o microfone primário, responsável pela captura de voz durante as chamadas e para algum app que grave a voz do usuário.
Por cima encontramos a porta para conexão do fone de ouvido no padrão de 3,5 milímetros e o botão que desliga a tela e todo o gadget.
Atrás de tudo fica evidente a existência da câmera de 5 megapixels, que consegue filmar em resolução VGA (640 x 480 pixels), e é auxiliada por um pequenino LED que ilumina alguns centímetros além da lente. Mais para baixo encontramos o alto-falante para o viva voz do celular, tocador de música e outros aplicativos que utilizam esta parte do modelo.
A bateria é de 1.700mAh, o que dá e sobra para um dia inteiro de uso contínuo e pesado. Nos testes que realizamos com o aparelho, a bateria chegou ao final do dia - depois de muita navegação com 3G/Wi-Fi, alguns momentos de GPS ligado para Twitter, Facebook e Google Maps, e música - com 15% da carga, algo comum para os smartphones vendidos atualmente - que exclui totalmente o Motorola Razr MAXX.
Ainda por dentro do aparelho, é possível ver um slot para cartões microSD de até 32 GB que fazem os 4 GB internos subirem um pouco e dar certo fôlego para os amantes de música e vídeos nos smartphones.
Diferente de seu amigo que reproduz imagens tridimensionais, o L7 não é pesado e nem muito largo. A LG conseguiu colocar uma tela de 4,3 polegadas em um corpo de 125,5 milímetros de altura, por 67 de largura e 8,7 milímetros de espessura. Tudo isso somado aos 122 gramas - já com a bateria instalada - fazem do aparelho um gadget bem confortável de segurar na mão e que não vai ocupar um volume exagerado no bolso da calça jeans.
A parte externa é toda feita em plástico, sendo que ao contorno do modelo há um plástico brilhante que até lembra algo de metal, mas é um plástico daqueles que você não espera que dure muitos e muitos anos, ou que resista ao impacto de uma queda. Vai arranhar, não há dúvidas disso. Porém, como o smartphone não é dos mais caros, até é aceitável certa economia na qualidade do material dele.
Os botões são confortáveis de apertar e se encaixam até nos dedos mais gordinhos. Porém, a falta de textura no botão de volume pode confundir quando você for controlar o áudio que sai no fone de ouvido com o celular no bolso. Não entendeu? Pois bem, como não há uma sinalização de "+" e "-", você pode acabar aumentando o volume quando na verdade desejava diminuir. Faz falta uma sinalização tátil.
A ausência de lugar para puxar a bateria pode deixar algumas pessoas perdidas. Este local fica na porta microUSB, é só puxar para cima e a tampa sai. Diferente do Galaxy S III e seu plástico fino, a tampa da bateria do L7 é espessa e dá certa confiança de que ela não vai quebrar quando você dobrar um pouco.
Não estamos falando de um aparelho parrudo e que aguenta todo o tranco, principalmente por contar com um processador de um núcleo. Porém, mesmo com poucos músculos, o gadget se sai muito bem quando transita entre as várias telas iniciais disponíveis sem travar em nenhum momento. A LG modificou bastante sua interface para o Android - a versão instalada do sistema operacional móvel é a 4.0.3 Ice Cream Sandwich - e ele ficou mais sério, o que acompanha bem o design quadradão do aparelho.
No modelo que testamos, as cores não são mais tão gritantes e o menu de aplicativo ganhou um ar minimalista que não existia até este presente momento. Há um novo efeito para desbloquear a tela que puxa um buraco que revela o conteúdo bloqueado. Bastante criativo, bonito e não dá margens para que nenhuma empresa resolva levar a LG por ter copiado alguma patente de desbloqueio de tela.
Os widgets também ficaram mais estilosos, com destaque para a previsão do tempo que agora ganhou um botão maior para atualizar manualmente os dados exibidos - a versão anterior do Android tinha um botão tão pequeno que as vezes eu abria o app sem querer. Falando ainda sobre as transições de tela, elas mudaram de um simples efeito de panorama (onde uma tela inicial vai para esquerda enquanto a outra vem da direita em plano reto) para algo mais 3D, com a próxima tela que vem meio que do fundo e chega até a sua visão.
Estas mudanças não foram aplicadas na hora de inserir um atalho, widget ou trocar o papel de parede. A LG manteve sua interface que apresenta as opções em um só lugar. É mais fácil, simples e bonito do que a própria solução do Android. Ainda sobre o menu de apps, agora é possível criar uma pasta lá dentro, basta tocar na engrenagem do lado direito, lá em cima, e arrastar um ícone para dentro do outro.
De fábrica, ao menos no modelo que testei, não veio nenhum game instalado. Ok, veio sim, mas é uma versão em Java do Assassin's Creed. Pois é, em Java que rodaria num Nokia lanterninha e até num Xing-Ling - nem tanto, mas algo bem simples. Esperava aqueles demos todos cheios de gráficos da Gameloft, como já acontece com outros modelos da marca sul-coreana. Mas não.
Além disso, há o Polaris Office em pacote completo. Dá para criar um documento de texto, planilha e até uma apresentação de slides. O navegador ficou mais bonito do que o existentente em outros aparelhos da LG. Ele está mais limpo, minimalista e a tela ficou maior. Ainda é possível navegar por abas, mas o leitor de RSS sumiu daqui - ele estava presente em outras versões do browser.
Como já dissemos lá na página anterior, o processador não vai ajudar muito na hora de rodar games. O foco está tão longe de jogos que a LG colocou uma cópia demo de jogos em Java, que rodam em qualquer Android com processador fraquinho. Porém, como somos gulosos, eu instalei o pesado Dead Trigger para ver até onde o hardware do smartphone pode chegar, além do simples e leve Angry Birds, que vai acompanhar muita gente por ser viciante como é.
O primeiro a ser testado foi o Dead Trigger e a experiência é péssima. O jogo demora muito para carregar os níveis e as texturas travam para carregar enquanto você joga. Claro, são 512 MB de memória RAM e um processador de um núcleo a 1 GHz, não poderia esperar algo grande. O jogo roda, mas com poucas texturas e as existentes ficam travando na tela, gerando um efeito similar ao fantasma das TVs antigas, sabe? Já o Angry Birds rodou perfeitamente sem engasgar em momento algum. Simples, liso e rápido.
O player de música é bem simples e limpo. O problema é que ele não conseguiu apresentar a capa do álbum que eu coloquei lá. No iTunes do meu computador a capa aparece e também é exibida no iPod Nano, mas não no L7. Nele é possível ouvir um CD inteiro, alterar a ordem de reprodução e até criar uma lista de reprodução manualmente. O bacana é que é possível ver a organização dos arquivos de música que estão dentro da pasta Music, e suas subpastas.
Não há um player de vídeo nativo por aqui, somente a galeria de fotos do Android que também reproduz arquivos MP4. Enviei três resoluções do mesmo trailers - 1080p, 720p e 480p - e somente uma foi reproduzida. Para evitar que o app trave, ele impede que resoluções superiores ao 480p sejam reproduzidas.
Outra vantagem de não reproduzir arquivos de resolução maior é que isso faz com que os 4 GB internos durem mais, já que os arquivos de vídeo serão menores.
A LG optou por instalar uma câmera traseira de 5 megapixels. Pode parecer pouco, mas esta quantidade de pixels é o suficiente para imprimir uma foto em 10 x 15 cm e não perder qualidade. Ok, mas como a grande maioria dos smartphones, este modelo não sabe lidar muito bem com ambientes com pouca luz. A quantidade de ruído na imagem é grande, porém ele não desbota as cores por conta do modo noturno, o que é um bom sinal.
Já em imagens com alta quantidade de luz, a qualidade é satisfatória. Na hora de filmar, a câmera apenas registra imagens em resolução VGA - 640 x 480 pixels. Bem pouco para os padrões da alta definição que chegaram aos Androids.
Pontos fracos
Pontos fortes
O aparelho tem certa beleza e a interface gráfica acompanha o estilo quadradão do gadget. Nova interface da LG ficou mais sóbria e séria, sem muitas cores. O problema é que o hardware deste aparelho está abaixo do Galaxy S II Lite, no mesmo patamar de preço. Um só núcleo não é capaz de rodar muitos apps ao mesmo tempo e o sistema engasga nesta hora.
A câmera vem com cinco megapixels e vídeo com resolução VGA, pouco. A bateria durar mais do que os concorrentes foi um ponto muito positivo. Outro é o acabamento do aparelho, que está acima até do caríssimo Galaxy S III. Porém, pelos mesmos R$ 1 mil, vale mais a pena olhar para os lados do que apostar no L7. Quem sabe se ele tivesse um processador dual-core e 8 GB de memória RAM, meu comentário seria outro.
Caro pelo pouco que oferece, principalmente com concorrente bem próximo exibindo mais potência.
Sistema operacional novo, interface nova e ainda mantém a simplicidade do uso.
Os botões de volume poderiam receber uma textura para melhor identificação.
Rodou tudo que se espera deste hardware - sim, eu esperava que ele não reproduzisse arquivos de alta definição.
Vale a pena, mas nem tanto. Olhe o Galaxy S II Lite e compare lado a lado.
Onde Comprar
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