12 Agosto 2015
Semana passada vimos um estudo que mostrou o avanço da Samsung na produção de suas telas AMOLED. A cada geração, a sul-coreana aumenta a quantidade de pixels nas telas do seus smartphones, mas ao mesmo tempo consegue a proeza de reduzir o consumo ao modificar a forma como os pixels são agrupados no painel, assim como os materiais usados que ajudam a conduzir a eletricidade de forma mais eficiente.
Agora, o site AnandTech volta com uma outra análise bem profunda sobre o avanço feito pela empresa em seu querido chipset Exynos. Não é de hoje que Samsung investe pesado neste projeto, mas ao largar o Snapdragon no lançamento do Galaxy S6, a sul-coreana começou a chamar a atenção de todos para o Exynos, ainda mais pelo seu cobiçado processo de fabricação a 14nm. Durante o evento, Samsung informou que a novidade era mais rápida e mais econômica que as gerações anteriores. O site AnandTech colocou o Exynos 7420 ao lado de modelos anteriores, como o 5433 (usado no Galaxy Note 4), 5430 (usado no Galaxy Alpha) e 5420 (usado no Galaxy Note 3 e vários tablets da companhia).
Na tabela acima, é possível dar uma olhada no avanço energético feito pela empresa ao longo dos anos. Começando pelo Exynos 5420 fabricado a 28nm, a tensão de pico (quando o chipset é exigido ao máximo) chegava a 1.0V. No passo seguinte, com os Exynos 5430 e 5433 fabricados a 20nm, Samsung reduziu em 0.1V – o que além de reduzir o consumo também evita que o componente atinja temperaturas mais altas. É possível notar que a empresa trabalhou em uma versão a 20nm melhorada, chamada de 20LPM, que contava com tensão de 0.87V, mas que acabou abandonando o projeto. Podemos imaginar que este seria usado no Galaxy S6, mas a sul-coreana resolveu adiantar o Exynos 7420 fabricado a 14nm com tensão máxima de 0.8V. Isso mostra um avanço de 10% na redução do pico de tensão a cada geração.
No comparativo acima, podemos ver uma redução mais clara na tensão dentro de cada frequência, comparando o Exynos 5433 ao Exynos 7420. Em alguns casos, a diferença chega a ser -275mv, enquanto em outras frequências não passam de -131.25mv. Isso mostra uma média de 200mv entre cada geração, uma redução que poderá gerar um consumo de 20% a menos.
Outro detalhe importante entre o chipset usado no Galaxy Note 4 e o mais atual da Samsung estreado no Galaxy S6 está no suporte à arquitetura 64-bit. Ambos contam com tal suporte, mas Samsung desabilitou esse acesso no Exynos 5433 – o que acabou gerando um pouco de revolta entre os usuários do phablet da empresa. Mas será que isso faz tanta diferença com o uso do Android Lollipop? Na tabela abaixo, um comparativo feito entre os dois modelos mostra que em alguns casos chega a haver um ganho impressionante de 410%. No entanto, em outros momentos pode ocorrer uma perda de desempenho. No geral, a CPU pode processar até 60% mais instruções no mesmo tempo e com a mesma carga de energia. Claro, isso vai depender muito da otimização do sistema e do bom uso desta arquitetura pelos apps do Android.
E com relação ao consumo durante jogos? Samsung vem investindo a cada geração na GPU Mali, atualmente no modelo T760. No comparativo abaixo, é possível ver que a unidade gráfica do Galaxy S6 é a mais eficiente, ao entregar um desempenho/consumo de 11,63fps/W, enquanto os Exynos 5433 e 5430 representam apenas 6,97fps/W e 6,41fps/W, respectivamente. Isso mostra que o avanço para os 14nm não fez bem apenas a CPU do chipset, mas também à GPU.
Com o Galaxy Note 5, que deverá contar com Exynos 7422, de acordo com rumores, Samsung deverá entrar no processo de fabricação 14LPM, que será mais eficiente do que o 14LPE usado atualmente pela empresa. Com isso, o novo phablet da companhia terá desempenho ainda mais forte, trazendo uma redução considerável no consumo, mesmo mantendo o mesmo nível de litografia na fabricação do chipset.
- O Samsung Galaxy S6 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
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