01 Dezembro 2015
Steve Kondik é a mente por trás do desenvolvimento da maior ROM alternativa do Android, a CyanogenMod. A iniciativa cresceu tanto que virou empresa e vem desenvolvendo a Cyanogen OS para ser usada em aparelhos de fábrica, graças a grandes parcerias feitas pelo CTO da companhia. Em entrevista recente, o mesmo informou que seus lanços com o Android vêm desde a primeira versão do robozinho lançada com o smartphone G1 pela T-Mobile, o que deu o grande início ao desenvolvimento da CM como conhecemos.
Ele comentou que a primeira versão do Android era bastante vulnerável, sendo fácil ganhar controle total sobre o aparelho. Mesmo com a chegada do icônico Motorola Droid, Google ainda sofria para tornar o sistema mais seguro. Kondrik e outros talentos devs fizeram diversas contribuições para aprimorar o sistema. Afinal, a Cyanogen usa grande parte do código AOSP, e se a base apresenta problemas graves, não tem como construir um sistema sólido por cima.
Quando a Cyanogen tentou buscar se distanciar do Android e levar o sistema para uma experiência única com apps próprios, os mesmos foram criticados. Pois tudo nasceu com o Android e eles ainda precisam do código AOSP para continuar o desenvolvimento da Cyanogen OS. No entanto, o mesmo comentou que Google também tira proveito das ideias deles. O sistema de eliminação de notificações e o modo Não Perturbe foi estreado na CM ROM, sendo incorporado posteriormente no código AOSP da Google.
Kondik também comenta que muita coisa do Marshmallow foi herdada do código da Cyanogen OS. De acordo com o dev, alguns apps da Google são muito bons, mas outros precisam de melhorias. A Cyanogen não está querendo derrubar o Android como conhecemos, mas podemos ver o sistema como uma modificação em cima do código puro, como é visto pelas principais fabricantes do mercado. Porém, ao contrário de algumas que apenas investem em bloatwares, a companhia quem extrair o máximo que o hardware de cada smartphone pode oferecer.
Anteriormente foi comentado que a Cyanogen está com planos de lançar um smartphone topo de linha. Durante a entrevista foi perguntado se Kondik estaria de olho no Snapdragon 820, lançado recentemente pela Qualcomm, mas o CTO comentou que o Snapdragon 801 tem poder de fogo de sobra para oferecer uma ótima experiência com a Cyanogen OS – mas não chegou a descartar a ideia de trazer algo mais parrudo.
E por falar na Qualcomm, Kondik elogiou bastante a tecnologia Zeroth da empresa, alegando que a novidade irá trazer um grande avanço para o desempenho e recursos introduzidos em celulares. Isso permitirá o uso de algoritmos mais avançados que podem simular a atividade neural. Assim, nossos smartphones seriam capazes de identificar as necessidades do usuário e gerar soluções para cada situação. Toda essa empolgação sobre o Zeroth é mais um indício que o Snapdragon 820 pode realmente estar nos planos da Cyanogen. Será que muita coisa interessante será anunciada em breve?
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