
26 Julho 2016
O atual cenário econômico do Brasil não é muito favorável a investimentos, porém de acordo com uma pesquisa realizada pela GfK isto não está impedindo que os consumidores gastem um pouco mais na hora de trocar de smartphone do que fizeram nos primeiros cinco meses de 2015. De acordo com o que foi revelado, o preço médio dos dispositivos adquiridos em nosso país passou de R$ 603 para R$ 891, demonstrando assim que os usuários estão dispostos a pagar quase R$ 300 a mais do que no último ano.
Muitos são os fatores apontados para este aumento, incluindo desde a inflação desenfreada causada pela desvalorização do real frente ao dólar até suspensão temporária da chamada Lei do Bem, que vinha conseguido manter o preço dos smartphones em um patamar relativamente aceitável utilizando incentivos fiscais às empresas. Para se ter uma ideia, o aumento foi superior ao que foi encontrado em todas as demais categorias analisadas na pesquisa, que incluiu também a chamada Linha Marrom (aumento de 15%), Linha Branca (5%), Informática (13%), Eletroportáteis (13%) e Ar Condicionado (3%).
Outro ponto destacado como possível causa para a "mão aberta" dos brasileiros foi a mudança nos hábitos, já que neste último ano tivemos um interesse muito maior por redes sociais e consumo de mídia em dispositivos móveis, seja por meio de serviços como Netflix e Spotify ou até mesmo no próprio Facebook. Com o aumento do interesse em arquivos maiores, cresceu também a procura por smartphones compatíveis com as redes 4G LTE, que mesmo tendo seu valor médio reduzido de R$ 1.256 para R$ 1.190 ainda são consideravelmente mais caros do que os dispositivos que suportam apenas redes 3G e 2G.
Vale notar que a previsão é que os consumidores busquem cada vez mais por smartphones com redes 4G LTE conforme este tipo de conexão seja disseminada por todo o país, podendo atingir a proporção de até 70% dos modelos comprados já no próximo ano. Devido a isto, ainda que o número total de dispositivos adquiridos tenha sido menor este ano do que no mesmo período de 2015, o setor conseguiu manter um faturamento estável, sendo dito que a cada R$ 10 gastos no Brasil R$ 4 vão para o mercado de celulares inteligentes.
Infelizmente, ainda que o faturamento tenha se mantido estável graças ao aumento no preço médio dos smartphones procurados pelos brasileiros, o setor viu seu número total de exemplares vendidos cair de 28% em relação ao mesmo período de 2015, sendo este o segundo ano consecutivo de quedas. Segundo analisado, a recessão continuará ao menos até 2017, quando espera-se que o setor seja estabilizado e volte a crescer, atingindo então um faturamento de R$ 72 bilhões e igualando-se ao que foi registrado em 2012.
Outro ponto preocupante é que o Brasil vem se tornando cada vez menos relevante na América Latina como um todo, sendo responsável agora por "apenas" 40% de todos os aparelhos vendidos nesta parte do continente. Para efeito de comparação, esta fatia foi de 43% em 2015 e 52% em 2014, indicando assim que os países vizinhos vem conseguindo enfrentar a crise de maneira mais eficaz do que nós. No total, é prevista uma redução de 12% no faturamento da América Latina com o mercado de dispositivos móveis durante este ano.
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