Que a Netflix cresce exponencialmente no planeta inteiro não é mais novidade para ninguém. Aqui no Brasil, por exemplo, a base de clientes só aumenta, principalmente oriundos do serviço a cabo, e o faturamento da plataforma já ultrapassou o de importantes emissoras de televisão. Mesmo tendo várias contratos com grandes produtoras americanas, inclusive sendo o canal exclusivo para lançamentos da Disney, o serviço de streaming tem, digamos, causado uma certa "inveja" e preocupação na indústria hollywoodiana.

O principal motivo desse temor são as produção originais da Netflix e o sucesso que elas fazem mesmo sendo exibidas apenas por um único serviço. Ao todo, serão 30 histórias próprias, 600 horas de conteúdo e gastos que se aproximam dos US$ 6 bilhões (algo em torno de R$ 21 bilhões), número esse superior ao do HBO (U$ 2 bilhões - R$ 7 bilhões), por exemplo, o que já é considerado exorbitante. Com isso, agora o serviço de streaming já investe mais em programação mais do que qualquer estúdio ou canal de televisão, podendo assim, futuramente, prejudicar esses e ainda dominar o mercado, criando um monopólio de produção:

Eu acho que seria ruim para contadores de histórias, em geral, se uma empresa for capaz de controlar uma participação de 40, 50 ou 60 por cento na produção de histórias", revelou John Landgraf, presidente da FX Networks, em entrevista para a mídia americana.

A esperança da indústria é que com o tempo e a chegada de novos concorrentes o crescimento do serviço desacelere, porém se para os grandes executivos essa concorrência preocupa, os consumidores, no entanto, estão adorando e descobrindo os benefícios de se poder assistir grandes produções (sejam elas originais ou não) na plataforma. Além de estar disponível em várias plataformas, a Netflix possui benefícios como continuar de onde parou e os preços muito mais em conta, podendo até ser dividido entre amigos, do que se comparado com os canais de TV a cabo. Contudo, todo e qualquer tipo de controle nas mãos de uma única empresa pode ser preocupante, mas, por enquanto, isso não é um problema para o público em geral.