28 Outubro 2016
A vida da Samsung não está mesmo fácil. Explosões de dispositivos – e não só do Note 7, com outros casos relatados envolvendo ao menos um S7 Edge e um Note 2 –, avião pousando forçadamente devido a incidente com tablet da marca (apesar de, desta vez, não ter sido problema de mau funcionamento, aparentemente) e previsão de queda nos lucros. Uma maré de azar que parece não ter fim.
A sul-coreana sempre teve dificuldade em repetir na China o sucesso que possui no resto do mundo. Segundo a IDC, a companhia ficou com fatia de 6% em vendas no país no último trimestre, ocupando a sexta colocação. E, apesar da declaração de que o mercado chinês só recebeu unidades seguras do Galaxy Note 7, com baterias da Amperex Technology Limited, o recall mundial parece ter afetado o consumidor local.
Uma pesquisa realizada pelo iiMedia Research detectou que 51,9% dos chineses não pretendem mais comprar smartphones Samsung. Foram entrevistadas cerca de 12.000 pessoas na região continental do país depois das explosões do Note 7. Cerca de 37% dos entrevistados ainda declarou que vai optar pelo iPhone no lugar do dispositivo da Samsung, e outros 26,3% preferem um aparelho da Huawei.
Analistas já previam queda nas vendas da Samsung na China, o que deve beneficiar, principalmente, as marcas locais Huawei Technologies, Oppo Electronics e Xiaomi, além da Apple. Ao que parece, mesmo que aparentemente não haja necessidade de se fazer um recall do Note 7 no país, o consumidor sentiu impacto pela necessidade de substituição no resto do mundo, e perdeu confiança na marca.
Unidades de reposição
Enquanto na China a Samsung perde ainda mais mercado, no resto do mundo a maior parte dos consumidores do Galaxy Note 7 preferiu dar uma segunda chance ao dispositivo. No entanto, há relatos de problemas em algumas unidades, cuja bateria superaquece e perda de carga da bateria mesmo quando ligado na tomada. A empresa declarou que são “casos isolados”, e até agora estão se limitando ao consumidor sul-coreano.
Um chinês que comprou seu phablet pelo site JD.com também afirma ter se ferido com a explosão de seu dispositivo, que ainda teria danificado seu MacBook. A unidade não faz parte do lote defeituoso. No entanto, ele se recusou a permitir que especialistas da empresa levassem o aparelho para averiguar o incidente, declarando não confiar na Samsung.
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