Android 12 Jan
E aqui vai mais uma polêmica para a história da Uber. Nos Estados Unidos a empresa de transporte foi condenada recentemente após prometer ganhos irreais a motoristas, tendo de desembolsar a bela quantia de US$ 20 milhões (R$ 70 milhões) para encerrar uma acusação da Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) do país.
Segundo alegava o processo, como forma de atrair motoristas, a Uber prometeu ganhos equivalentes a US$ 90 mil (R$ 315 mil), em uma média salarial de US$ 7.500 (R$ 26 mil) mensais para aqueles que dirigissem pela empresa em cerca de 20 cidades americanas, entre elas Nova Iorque e São Francisco, essa do qual foi obrigado a retirar sua frota de carros autônomos das ruas.
Acontece que por conta da forte concorrência e rápido aumento de colaboradores, os motoristas da Uber começaram a sentir a mesma coisa que os táxis e verem as corridas ficarem mais escassas e, consequentemente, o lucro diminuir. Para evitar mais polêmicas e múltiplos processos a empresa preferiu entrar em acordo com o sindicato.
Por aqui ninguém ainda teve essa ideia de abrir um processo contra a Uber por conta disso, mas a situação tende a se repetir, uma vez que ao chegar ao Brasil a companhia prometia que os motoristas poderiam ter ganhos mensais aproximados de R$ 7.000, muito mais do que concursados, mas ainda assim abaixo dos políticos.
Seguindo - literalmente - o mesmo caminho dos Estados Unidos, ainda mais com a grave crise econômica, o número de motoristas aumentou bastante em virtude de mais desempregados que recorreram ao serviço para continuar sustentando suas famílias. E, consequentemente, a diminuição de gastos com transporte particular.
Soma-se a isso outras questões como gastos com gasolina e o recolhimento de 20% do valor total das corridas, que já é pouco. No fim das contas um motorista precisa trabalhar dia e noite para conseguir um salário razoável.
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