Apesar da facilidade que a tecnologia às vezes oferece para atividades ilegais, é sempre bom lembrar que ela também favorece aos agentes da lei, ainda que por um mero acidente ou capricho do acaso. O chefe da divisão de narcóticos da Flórida decidiu postar em seu Facebook um ocorrido que chega a ser cômico - exceto para William Lamberson, suspeito por tentar vender drogas ilícitas via SMS.

Essa tática de venda é bastante usada por traficantes que muitas vezes guardam um números conhecidos para vender suas mercadorias via mensagens de texto. No caso de Lamberson, aparentemente o vendedor confundiu o número, já que é bastante improvável que alguém tente oferecer tais produtos para um xerife.

O Gabinete do Xerife do Condado de Martin, na Flórida, deve ter recebido com surpresa um texto que dizia: "Hey, bro". É bem verdade que o departamento queira ter alguma proximidade com a população e receber mensagens daqueles que procuram por ajuda, mas deve ser incomum que os policiais sejam tratados como "bro", nos EUA, o que seria algo como "mano" para os brasileiros.

O texto supostamente veio através do telefone celular do capitão de narcóticos, e foi respondido com "quem é?"

Em resposta, Lamberson teria dito que ambos se conheceram em 11 de julho. O capitão decidiu continuar a conversa para ver até onde chegaria, e aparentemente lhe foi oferecido um pouco de cocaína. Então, decidiu postar algumas capturas de tela de sua conversa com o sujeito em seu Facebook, relatando o ocorrido.

Embora um face a face não tenha acontecido, Lamberson continuou seu diálogo eletrônico, e, eventualmente, uma transação de cocaína estava em andamento.

Em 01 de setembro, Lamberson pensou que iria se encontrar com seu contato, para que ele pudesse vender um pouco de cocaína, mas em vez disso ele foi saudado por detetives de narcóticos da MCSO. Ele foi preso e acusado por posse de uma substância controlada com intenção de vender.

Com ironia, o policial ainda acrescenta: "é provavelmente um bom momento para deixar que o Sr. Lamberson saiba que ele tinha o número errado."

Um porta-voz do Gabinete disse ao Cnet: "O Sr. Lamberson ainda está na cadeia sob fiança de US$ 40,000. Ainda não foi dito a ele por nós que enviou SMS para um oficial."