14 Abril 2016
As pesquisas sobre os efeitos do uso de celular no cérebro humano estão em seus estágios iniciais e ainda há muito o que descobrir, principalmente no que diz respeito às consequências a longo prazo - por exemplo, os estudos a respeito do câncer. Mas talvez já haja indícios de que usar dispositivos para mensagens de texto pode alterar o modo como o cérebro funciona.
Há pouco mais de um ano, uma pesquisa mostrou que uso de smartphones altera processamento cerebral. Agora um grupo de pesquisadores da Clínica Mayo descobriu recentemente algo mais além: mensagens de texto provoca uma mudança no ritmo regular de ondas cerebrais, e causa algo completamente diferente do que as formas de onda criadas por qualquer outra atividade.
De acordo com o Dr. William Tatum, o principal autor do estudo, o grande problema encontrado nessa descoberta é que o número de novas ondas cerebrais que são identificados no EEG (eletroencefalograma) "é extremamente raro neste momento". Dr. Tatum diz que as novas ondas cerebrais foram descobertos por acidente enquanto se analisava os ritmos corticais no dia-a-dia em pessoas que sofrem de epilepsia.
Esta descoberta desencadeou uma investigação sobre os efeitos neurológicos do uso de smartphones. A pesquisa cresceu para incluir cerca de 130 participantes durante um período de 16 meses. Apenas cerca de um em cada cinco participantes demonstraram o que recebeu o nome de "ritmo mensagens de texto", e não parece que isso esteja relacionado com qualquer grupo de sexo, etnia ou idade. Tampouco se sabe exatamente qual aspecto das mensagens de texto que produz este efeito.
Seja qual for a razão, no entanto, a pesquisa mostra um avanço significativo. Embora ainda sejam informações preliminares, o Dr. Tatum acredita que os resultados podem ser notáveis sobre a indústria do jogo e as questões de interface cérebro-computador.
Isso significa que devemos abandonar nossos smartphones, sob suspeita de que eles estão causando um impacto negativo sobre nossos cérebros? Ou seria o contrário? Será que que mensagens de texto ativam partes do cérebro cujo potencial ainda não utilizamos completamente?
A questão que estamos tentando responder agora é se este é um processo destrutivo ou um processo ativo. Nós pensamos que é, provavelmente, um processo ativo através de um arrastamento de ritmos corticais normais. O que é estranho é que parece ser uma frequência destrutiva mais tipicamente identificada em pessoas que têm um abrandamento das suas ondas cerebrais
Ainda não há nada conclusivo, e os pesquisadores não sabem explicar o que ocorre exatamente; portanto resta torcer para que essas mudanças nas ondas cerebrais sejam algo positivo.
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