Curiosidade 03 Jan
Hackers russos teriam colocado sob suas miras o sistema eleitoral de 21 estados dos EUA, durante a corrida presidencial de 2016 e, embora um pequeno número tenha sido violado, não houve evidência de que algum voto tivesse sido manipulado. Ao menos esta é a declaração de um oficial do Departamento de Segurança Interna ao Congresso, na última quarta-feira.
Agora, parece que a questão está por conta de definir se de fato os ataques afetaram ou não o resultado das eleições, uma vez que há divergências de opiniões nesse sentido.
Nas semanas após as eleições nos EUA, várias notícias sobre ataques hackers ao sistema eleitoral do país e invasões de bancos de dados do governo yankee foram publicadas, e o então presidente Barack Obama, antes de entregar o cargo a Donald Trump, chegou a realizar uma série de sanções à Rússia, incluindo a expulsão imediata de 35 diplomatas russos dos Estados Unidos por "sabotagem a processos e instituições eleitorais".
Com isso, as preocupações de que estes hackers ou outros poderiam interferir em eleições futuras tem sido fonte de especulação e relatórios da mídia nos últimos meses. A Rússia negou qualquer envolvimento no caso e Trump declarou repetidas vezes que não tem nenhuma associação com o país de Putin.
De acordo com reportagem da Reuters, as agências de inteligência dos EUA concluíram que o Kremlin orquestrou uma ampla operação de influência que incluiu a invasão de e-mail e propaganda online para desacreditar a candidata presidencial democrata Hillary Clinton e ajudar Donald Trump a vencer as eleições.
Funcionários que testemunharam na quarta-feira disseram que as eleições dos EUA não são tão suscetíveis ao hack, em parte porque são descentralizadas e operadas em grande parte no nível estadual e local. O senador Angus King expressou ceticismo, dizendo que apenas um pequeno número de votos em estados-chave precisaria ser alterado para mudar uma eleição.
Mark Warner, o principal democrata do painel do Senado, não ficou feliz com a recusa de Jeanette Manfra, vice-secretária-adjunta interina do departamento de segurança cibernética, em identificar quais estados foram alvo do ataque. Porém, no ano passado Arizona e Illinois confirmaram que os hackers atacaram seus sistemas de registro de eleitores.
O conselheiro especial Robert Mueller, ex-diretor do FBI, reuniu-se na quarta-feira com altos membros do Comitê Judiciário do Senado, e examina se Trump ou outros tentavam obstruir a investigação, de acordo com uma pessoa familiarizada com o inquérito.
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