09 Junho 2016
As operadoras seguem firmes em sua postura de limitar a internet fixa dos seus clientes. Para as empresas, os usuários precisam aprender a respeitar os limites da capacidade da rede. O problema, de acordo com os argumentos apresentados, é que algumas pessoas usam muito a internet. O debate ocorreu na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, nesta quarta, 18/5.
O discurso é de que os usuários não conhecem os limites da estrutura da internet e provocam o congestionamento do tráfego de dados. Dessa vez, ao contrário de quando os que jogam online foram responsabilizados, quem levou a culpa foram aqueles que consomem vídeos - ou seja, quem usa YouTube, Netflix, Periscope, entre outros serviços. Enilson Camolesi, da Vivo, disse que o tráfego tem que ser dimensionado.
O vídeo levou a um tráfego muito grande na rede, tem que ser dimensionado, discutido, porque a capacidade é limitada
Para ele, são alguns poucos usuários que usam muita internet, mas todos pagam o mesmo valor. Mais precisamente, os dados fornecidos pelas empresas apontaram que 2% de seus clientes usam até 20% da capacidade das redes, ou mais. Por isso, “o que tem que ser colocado é a capacidade de investimento, temos que ter sim limitação”.
O diretor de relações institucionais da Claro, Fábio Andrade, faz coro ao discurso.
A gente não pode vender como ilimitado o que é limitado. Tem uma capacidade de infraestrutura que precisa ser respeitada
O Ministério das Comunicações publicou uma portaria no dia 12 deste mês, orientando a Anatel a cobrar das operadoras a existência de um plano ilimitado. Os planos teriam que ser oferecidos de forma transparente, "de modo a permitir a realização de escolhas informadas pelo consumidor". No entanto, as operadoras ainda afirmam que o tráfego de dados deve ser "disciplinado".
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