A Nokia divulgou um balanço trimestral nada animador nesta quinta-feira (04/08). No segundo trimestre deste ano, a companhia finlandesa registrou retração de receita de 20% em relação ao ano passado, tendo movimentado  € 5,7 bilhões neste período (algo em torno de R$ 20,3 bilhões). No ano anterior, a receita da Nokia e Alcatel-Lucent foi de  € 6,36 bilhões (mais de R$ 22 bilhões).

"O encolhimento reflete um cenário desafiador em todo o mundo", explicou em nota no balanço. A companhia diz ainda que a diminuição no lucro operacional teve grande relação com a “redução de investimentos por parte de uma grande operadora que atua na América Latina”. Uma clara referência a Oi que desde junho está em recuperação judicial tentando acordo com credores. 

O lucro operacional da Nokia diminuiu 49% no segundo trimestre deste ano, para  € 332 milhões (mais de R$ 1 bilhão). No entanto, descontados impostos e obrigações referentes à fusão com a Alcatel-Lucent, o pequeno lucro virou um prejuízo de €  1 bilhão (quase R$ 3,5 bilhões). As vendas do grupo caíram 11 por cento na comparação a 2015 e 15 mil postos de trabalho devem ser fechado em todo o mundo -  as demissões começaram a ser feitas em abril.

Há, porém, uma boa notícia nesta história. A Nokia ampliou a previsão de recursos oriundos da fusão com a Alcatel-Lucent em 33%. A estimativa atual passou para € 1,2 bilhão até 2018, ante € 900 milhões previstos inicialmente.  Além disso, a companhia espera uma recuperação a médio e a longo prazo. Segundo o CEO, Rajeev Suri, a rede 5G pode ser a salvação da empresa.

A companhia da Finlândia ainda espera € 950 milhões (em torno de R$ 3 bilhões) oriundos de um novo acordo com a Samsung até o fim deste ano. As duas empresas anunciaram recentemente que vão expandir o acordo de licenciamento cruzado de patentes através da adição de novos domínios tecnológicos.