20 Fevereiro 2017
No final de 2015, foi apresentado o conceito de um pequeno dispositivo removível que carregava uma quantidade de energia absurda, capaz de destruir a máquina na qual ele é inserido. O pen drive foi desenvolvido por um especialista de segurança como hobby, mas agora acabou se tornado algo real e já é comercializado. Ainda não foi divulgado o nome da empresa que está por trás do obscuro projeto, no entanto, sabe-se que o criador do projeto original era russo, e se intitulava Dark Purple. A empresa que comercializa o pen drive atualmente é a USB Kill, com sede em Hong Kong, especializada em segurança de hardware. Apesar do conceito de um pen drive ‘bomba’, a empresa ressalta que não está vendendo o pequeno dispositivo para fins maliciosos.
A companhia salienta que inicialmente quer comercializar o pen drive apenas para especialistas, interessados em testar os seus dispositivos com mídias capazes de gerar altas cargas elétricas como o tal ‘pen drive assassino’. Apesar da nota oficial, ironicamente é possível encontrar o dispositivo a venda para qualquer pessoa. A USB Kill faz alusão a vulnerabilidades de software, que, quando descobertas por especialistas que não sejam cibercriminosos, costumam ser expostas para o público, forçando as empresas a corrigirem as falhas antes que seus usuários sofram ataques.
Tecnicamente a ideia do USB Killer seria a mesma, só que dessa vez, com o hardware. Segundo um relatório da empresa, 95% dos computadores atuais estão suscetíveis a este tipo de ameaça, curiosamente, esta seleção exclui as máquinas da Apple, que segundo a empresa “é a única companhia a proteger o seu hardware voluntariamente”. Em conjunto ao pen drive explosivo, a USB Kill também vende o USB Test Shield, que é um dispositivo que oferece o recurso de testar a vulnerabilidade de um hardware contra o Killer, sem correr o risco de destruir nada.
O principio de funcionamento do USB Killer original, como explicado pelo seu criador Dark Purple, era que ao conectar a mídia em uma porta USB do computador, um conversor DC/DC invertido carrega os capacitores a -220 volts. Ao chegar nessa medida, o conversor é desligado, ao mesmo tempo em que é aberto um transistor que descarrega a tensão na porta USB. Quando a carga fica baixa, o conversor volta a funcionar, mas aí já é tarde demais... O estrago já está feito.
Em síntese, o pequeno pen drive acumula o máximo de energia do computador e descarrega de volta na máquina com intuito de queimar tudo que vier pela frente, incluindo o processador e a placa-mãe.
O USB Killer está custando 50 euros (cerca de R$ 180), e o USB Test Shield custa 14 euros (R$ 50).
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