22 Novembro 2016
Em uma era onde drones poderão ser usados para entregar encomendas do correio ou até mesmo refeições de delivery, carros autônomos servirão como taxistas, soluções como o ZenBo tomarão conta e servirão de companhia para idosos e crianças, uma nova solução robótica para usuários domésticos acaba de ser apresentada ao mercado.
Trata-se do iPal, um robôzinho criado pela AvatarMind, com intuito de servir exclusivamente como uma babá para crianças de 3 a 8 anos de idade. O produto foi apresentado durante a exibição "RoboBusiness" em São José, na Califórina.
Seu design é baseado em desenhos animados, e ele utiliza tecnologia uma rede neural, linguagem natural e apps baseados na nuvem para aprender e lembrar de preferências, interesses, e até mesmo, estimular o conhecimento dos pequenos:
O iPal conta com diversos sensores que o permitem sentir toques, escutar e entender frases e até mesmo detectar emoções — graças a um sistema de gerenciamento emotivo — como alegria, depressão e solidão. Ele ficará feliz quando as crianças estiverem felizes, e as consolará quando estiverem tristes.
Além disso, o robôzinho monitora o crescimento dos pequenos através de fotos e vídeos, que serão tirados constantemente, podendo ser acessados de qualquer lugar pelos pais ou responsáveis através de seus smartphones.
Outros recursos interessantes incluem o controle de horários, hábitos e monitoramento do clima, para ter certeza de que seu filho acordará e irá dormir nas horas certas, lembrará de lavar as mãos antes das refeições e se agasalhará nos dias mais frios.
Conectando-se com outras crianças
Caso você tenha pensado que esse robô poderá atrapalhar a criança de se socializar com outras, pense novamente! O iPad traz um sistema de chat que permite que os pequenos possam comunicar-se com outros via áudio e vídeo.
Medindo cerca de 91 cm, com 25 motores de funcionamento em seu corpo, uma tela de 6 polegadas e um sistema de som de 3 watts, o iPal poderá, contar histórias de ninar, responder perguntas (inclusive, pulando aquelas mais complicadas até descobrir a resposta, que será compartilhada com outros iPals) e até ensinar programação.
Preocupações
É claro que algumas pessoas como, por exemplo, o professor Noel Sharkey da Universidade de Sheffield, temem até certo ponto a existência desse tipo de dispositivo. Em 2008 ele escreveu um artigo alertando os pais sobre os possíveis efeitos psicológicos causados a uma criança que passa horas ou dias sem contato com outros seres humanos e ausentes de suas mães ou pais, algo que pode variar desde diferentes graus de isolamento social até algo desconhecido.
Não temos certeza sobre os resultados da exposição das crianças a este tipo de tecnologia à longo prazo, mas é claro que, desde que utilizado de forma responsável, o iPal poderá ser sim uma ferramenta interessante no auxílio ao desenvolvimento de várias crianças ao redor do mundo. O robô deverá ser lançado nos EUA no próximo ano.
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