LG 26 Dez
Os desenvolvedores de carros autônomos prometem que o sistema é muito mais seguro em relação à direção humana graças aos radares e tecnologias empregadas nos automóveis. No entanto, as notícias de acidente não são raras, sobretudo envolvendo a Tesla.
Mas como um carro deve se comportar durante um acidente para proteger a vida dos ocupantes? E em uma situação extrema: proteger os pedestre, o motorista ou o passageiro?
Esse dilema não é fácil de ser resolvido, já que depende de uma série de variáveis. Christoph von Hugo, gerente de tecnologias de assistência artificial a motoristas da Mercedes-Benz opinou sobre o tema durante a Paris Motor Show, popular evento para o mercado automobilístico realizado no começo de outubro.
O executivo disse que a prioridade é dos ocupantes do veículos, sobretudo o motorista - assim como um motorista humano provavelmente faria para se proteger.
Um carro autônomo identifica um grupo de crianças correndo para o meio da rua. Não há tempo para frear. Desviar delas fará com que o carro bata de frente com um caminhão de um lado ou caia de um precipício do outro lado, matando a todos os ocupantes. Se você sabe que pode salvar ao menos uma pessoa, ao menos salve uma. Salve a pessoa dentro do carro. Se tudo o que você sabe com certeza é que pelo menos uma morte pode ser evitada, então essa é a sua prioridade.
O gerente, no entanto, disse que o ideal é que situações extremas como essa não existam.
99% do nosso trabalho de engenharia é evitar que estas situações ocorram.
Ou seja, de acordo com as palavras de Hugo, os carros autônomos da montadora alemã são programados para, no caso de situações extremas, atropelarem inocentes ao invés de por em risco a vida do motorista. Agora, resta saber qual a opinião da Tesla, que registrou crescimento de 70% das vendas nos últimos meses, e outras companhias que desenvolver veículos autônomos, como o Google e a Ford.
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