Por mais que os smartphones evoluam e tragam câmeras com mais megapixels, telas com resoluções superiores a de muitas TVs do mercado, processadores octa-core e gigabytes e mais gigabytes de memória, algo que parece está estagnado há anos é o desenvolvimento de novas baterias que entreguem uma maior capacidade energética. Atualmente, as empresas estão focadas em oferecer mecanismos que garantam que o seu dispositivo passe menos tempo preso na tomada ao acelerar o tempo de carregamento, no entanto, a carga continua indo rapidamente embora a medida que usamos nossos gadgets eletrônicos.

Tentando reverter esse quadro, a startup Sakti3, criada pela Universidade de Michigan com grande investimento de U$ 15 milhões, foi capaz de descobrir novos componentes que podem trazer um grande salto tecnológico para as baterias atuais do mercado. O lítio ainda continua sendo a matéria primária, mas aqui ele adota uma composição mais sólida, enquanto as atuais apresentam uma solução mais pastosa do componente dissolvido em meio iônico.

“Graças à nova composição de lítio conseguimos armazenar uma maior quantidade de energia sem aumentar o número de células energéticas de uma bateria. Assim, em uma mesma área que suportava 620 watts, agora poderia comportar mil watts.” – comentou James Dyson, grande investidor deste novo projeto.

Com este avanço tecnológico poderemos ter smartphones finos com grande duração de bateria. A novidade também poderá ser usada para produção de baterias para automóveis elétricos. Já que as soluções atuais do mercado acabam ocupando grande espaço nos projetos, além de gerar grande peso para os veículos. Isso permitirá termos carros elétricos mais compactos, leves e com melhor autonomia futuramente.

É esperado que a novidade chegue a veículos em 2020, mas poderá ser usada em smartphones muito antes disso. Vai depender apenas do interesse das fabricantes em lançarem smartphones não apenas mais finos e poderosos, mas também com uma autonomia de bateria maior - algo que qualquer usuário atualmente deseja.

Apple já demostrou ter grande interesse na novidade e mais empresas poderão adotar a nova tecnologia futuramente, dependendo do investimento feito por cada uma nesta novidade.