16 Dezembro 2016
A Microsoft apresentou hoje em seu site oficial os resultados para o primeiro trimestre fiscal de 2017, que se encerrou no último dia 30 de setembro. Os números apresentados pela companhia de uma forma geral são realmente animadores, sendo encontrado um aumento nas receitas de praticamente todas as suas divisões, o que fez o valor de suas ações disparar e atingir o maior índice desde 1999.
Segundo revelado pela casa de Redmond, sua receita no trimestre alcançou a faixa dos US$ 20,4 bilhões, ficando assim ligeiramente acima do que foi registrado no mesmo período do ano anterior, onde tivemos US$ 20,3 bilhões. Partindo para o lucro operacional, a Microsoft registrou um pequeno declínio em relação ao primeiro trimestre fiscal de 2016, alcançando US$ 5,2 bilhões contra US$ 5,7 bilhões.
Devido a isso, o resultado líquido da empresa também operou em baixa de uma maneira geral, sendo registrados US$ 4,6 bilhões contra US$ 4,9 bilhões do ano anterior. Isto, entretanto, não impactou tanto no lucro diluído por ações, com cada cota atualmente marcando US$ 60 contra os US$ 61 registrados anteriormente, o que demonstra que a Microsoft foi capaz de distribuir suas ações de maneira mais satisfatória para evitar uma queda mais drástica em seu fluxo de caixa.
Os resultados específicos de cada setor da companhia também foram divulgados, sendo novamente a divisão de soluções em nuvem responsável por "carregar o piano" junto do setor responsável pela suíte Office. Segundo revelado pela Microsoft, foram registrados os seguintes números:
- Receitas em Productivity and Business Processes cresceu 6% (um aumento de 8% em moeda constante) para US$ 6,7 bilhões, com os seguintes destaques dos negócios:
- Receita de produtos comerciais e serviços em nuvem do Office cresceu 5% (um aumento de 8% em moeda constante) impulsionada pelo crescimento da receita comercial do Office 365 de 51% (até 54% em moeda constante).
- Receita de produtos de consumo de escritório e serviços de nuvem cresceu 8% (um aumento de 8% em moeda constante) e os consumidores assinantes do Office 365 aumentaram para 24,0 milhões.
- Receita de produtos Dynamics e serviços em nuvem cresceu 11% (13% em moeda constante) impulsionado pelo crescimento da receita na linha Dynamics.
- Receitas em Nuvem Inteligente cresceu 8% (até 10% em moeda constante) para US$ 6,4 bilhões, com os seguintes destaques dos negócios:
- Receita de produtos de servidor e serviços de nuvem aumentou 11% (13% em moeda constante) impulsionada por um crescimento de dois dígitos da receita de anuidade.
- Receita Azure cresceu 116% (até 121% em moeda constante) com o uso de computação Azure mais do que dobrando ano a ano.
- A receita de serviços da empresa aumentou 1% (até 2% em moeda constante), com crescimento em Serviços de Suporte Premier, compensando quedas nos contratos de suporte e consultoria personalizada.
- Receitas em Computação Pessoal diminuíram 2% (queda de 1% em moeda constante) para US$ 9,3 bilhões, com os seguintes destaques dos negócios:
- A receita do Windows OEM foi mantida no ano-a-ano (também mantida em moeda constante), ligeiramente à frente do mercado de PCs.
- A receita de produtos comerciais do Windows e serviços em nuvem foi mantida no ano-a-ano (até 2% em moeda constante), impulsionada por receitas de anuidade.
- Receitas de telefone diminuíram 72% (queda de 71% em moeda constante).
- Receita Gaming caiu 5% (queda de 4% em moeda constante) impulsionada pela menor receita do console Xbox, mas compensada por uma maior receita de software e serviços Xbox.
- Receita de Publicidade em pesquisa excluindo os custos de aquisição de tráfego cresceu 9% (até 10% em moeda constante) impulsionada pelo aumento da receita por busca e volume de pesquisa.
Com tudo isto, vemos claramente que o setor de dispositivos móveis da Microsoft vem agindo como uma âncora para sua área de computação pessoal, algo que deve melhorar nos próximos meses com a conclusão da venda das fábricas para a Foxconn e, consequentemente, a redução considerável no quadro de funcionários. Esta, infelizmente, não é uma boa notícia para quem ainda espera uma reviravolta no quadro da divisão mobile da empresa.
O lado positivo, entretanto, é que os setores de nuvem e produtividade seguem a todo vapor, conseguindo compensar as consecutivas quedas enfrentadas em outras áreas. Se isto será mantido nos próximos resultados da companhia, não há como sabermos, porém é inegável que Satya Nadella vem se desdobrando para trazer cada vez mais receita para a casa de Redmond, algo que foi recompensado recentemente com uma bonificação em ações.
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