
16 Abril 2025
O Moto G35 é o modelo de entrada da linha mais popular da Motorola, ideal para quem busca um celular acessível, mas com especificações interessantes. O TudoCelular testou a novidade e agora apresenta uma análise completa, destacando os pontos positivos e negativos deste aparelho para ajudar você a decidir se ele é uma boa opção de compra.
O Moto G35 vem em embalagem feita de papel reciclado e além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
O design do Moto G35 é simples e segue a linha de outros lançamentos recentes da Motorola. O corpo do dispositivo é feito em plástico, enquanto a traseira adota o estilo de couro vegano, conferindo um toque agradável. Ele está disponível em quatro opções de cores, que variam de acordo com a configuração escolhida: grafite e verde para a versão básica ou cinza e coral para a versão com o dobro de armazenamento.
A parte traseira do Moto G35 segue um padrão minimalista, com uma moldura levemente saltada em relação ao corpo para acomodar as duas câmeras e o flash LED. As laterais apresentam um acabamento mais plano e fosco, com uma pintura metalizada que dá um toque moderno ao dispositivo.
A frente do celular é caracterizada por bordas um pouco mais largas, especialmente na parte inferior, com vidro Gorilla Glass 3, o que garante uma boa resistência a riscos e impactos, proporcionando maior durabilidade. Essa escolha do material para a tela é uma vantagem, já que muitos concorrentes na faixa de preço do Moto G35 ainda utilizam vidros mais frágeis.
Embora esse celular da Motorola não possua certificação oficial contra água e poeira, a fabricante assegura que a tela do aparelho pode continuar funcionando normalmente, mesmo quando exposta a uma quantidade moderada de água. Isso significa que você pode usá-lo com as mãos molhadas ou até mesmo solicitar uma carona em um aplicativo enquanto estiver na chuva.
O modelo conta com entrada padrão para fones de ouvido na parte inferior e uma gaveta híbrida que oferece suporte para dois chips ou permite ampliar o armazenamento com cartões microSD. Além disso, o G35 é compatível com eSIM, possibilitando habilitar uma linha adicional sem ocupar um dos slots físicos.
O leitor biométrico, integrado ao botão de energia, é eficiente, embora não seja o mais rápido. Ele faz a leitura com um simples toque no botão, o que garante praticidade no desbloqueio.
Em termos de conectividade, temos Wi-Fi AC com suporte a redes de 5 GHz, Bluetooth 5.0, NFC e até suporte para 5G, o que coloca o aparelho em linha com as exigências da tecnologia atual. Por fim, os fãs ficarão felizes com a disponibilidade de rádio FM neste modelo.
Como estamos falando de um modelo mais acessível da Motorola, não espere um painel AMOLED de alta qualidade. O G35 traz uma tela de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ e tecnologia IPS LCD, além de uma taxa de atualização de até 120 Hz.
A Motorola promete um brilho máximo de 1.000 nits, mas, em nossos testes, conseguimos atingir apenas metade desse valor, tanto no modo manual quanto no automático. Isso significa que o G35 pode não ser a melhor escolha para quem costuma usar o celular na rua, já que pode ser difícil visualizar a tela em dias ensolarados.
O painel exibe cores saturadas por padrão, com a opção de alternar para um modo que aproxima mais a imagem da realidade. Além disso, o recurso Color Boost ajusta as cores conforme a iluminação ambiente, clareando as áreas escuras e destacando os detalhes para uma imagem mais vibrante.
O dispositivo oferece suporte a HDR, com a possibilidade de converter conteúdo SDR para HDR. A taxa de atualização vem em modo automático por padrão, alternando entre 60 e 120 Hz, ajudando a economizar bateria quando o conteúdo estático é exibido. O usuário também pode optar por travar a taxa de atualização em uma das duas velocidades, priorizando mais a duração da bateria ou a fluidez visual.
A Motorola mantém o som estéreo em seus modelos mais acessíveis, e o G35 segue essa linha, utilizando o alto-falante de chamada como canal secundário. A potência sonora é satisfatória, ficando na média do segmento, sem distorção mesmo no volume máximo.
Os graves e agudos estão bem equilibrados, mas os médios ficam um pouco mais apagados. Há um equalizador completo, com suporte a Dolby Atmos, permitindo ao usuário escolher um perfil de som ideal para seu estilo musical ou ativar o modo espacial para uma experiência mais imersiva ao assistir filmes e jogar.
A Motorola optou pelo chipset T760 da Unisoc para equipar seu modelo acessível. Por ser um hardware mais simples, o desempenho não é o seu ponto forte. O processador octa-core é composto por núcleos das séries A76 e A55, além da GPU Mali-G57.
Embora o dispositivo seja oferecido em versões de armazenamento de 128 GB e 256 GB, ambas contam com apenas 4 GB de RAM. Esse limite compromete a experiência multitarefa, pois o celular tende a recarregar os aplicativos com frequência, o que diminui a fluidez ao alternar entre eles.
Nos benchmarks, o desempenho fica dentro da média para dispositivos dessa faixa, alcançando mais de 400 mil pontos no AnTuTu. Testamos Call of Duty Mobile com qualidade gráfica em Média e taxa de quadros no Alto, mas com todos os extras gráficos desabilitados. Já PUBG apresentou bom desempenho na qualidade HD e taxa de quadros no Alto.
O Moto G35 vem equipado com uma bateria de 5.000 mAh, um tamanho tradicional que atende bem às expectativas, embora já tenhamos visto modelos da Motorola na mesma faixa de preço com baterias ainda mais generosas.
No nosso teste padrão, que simula um uso moderado com aplicativos populares e alguns jogos, o dispositivo obteve uma autonomia de 28 horas. Isso é suficiente para garantir o uso durante o dia inteiro e até um pouco de carga para a manhã seguinte, em um uso mais leve.
A Motorola inclui na caixa um carregador TurboPower de 20W, que leva cerca de 2 horas para carregar completamente a bateria. Uma carga rápida de 15 minutos é capaz de recuperar 19%, enquanto 30 minutos na tomada proporcionam aproximadamente um terço da capacidade total da bateria.
O conjunto fotográfico do G35 é simples, trazendo um sensor principal de 50 MP, aliado a uma câmera ultra-wide de 8 MP. Ele não conta com o sistema híbrido da Motorola, que oferece diversas funções adicionais, como auxílio na profundidade e captura de macros.
O sensor principal consegue registrar boas fotos em ambientes bem iluminados, com cores vibrantes e contraste satisfatório para um celular dessa categoria. O G35 se sai bem em fotos no final da tarde, com o sol de fundo, evidenciando que o HDR funciona de maneira eficiente durante capturas em distâncias normais.
O problema surge ao utilizar o zoom digital, que não apenas reduz a nitidez, mas também compromete o balanço de brilho e contraste. O zoom máximo de 6x ainda gera resultados razoáveis, embora as cores e o contraste percam intensidade.
O desfoque tem um desempenho aceitável, mas encontra dificuldades em separar planos em cenários mais complexos. No entanto, ele não limita o alcance dinâmico, algo comum em celulares mais baratos, que tendem a apresentar fundos com luz estourada nesses casos. As fotos macro são feitas pelo sensor principal e apresentam boa qualidade, embora a distância focal longa dificulte o registro de pequenos detalhes.
A câmera ultra-wide, por ser mais simples, apresenta problemas no equilíbrio de cores e contraste em comparação com o sensor principal e registra menos detalhes. Em troca, é possível capturar uma área muito maior do cenário, embora as bordas das fotos fiquem um pouco borradas.
As fotos tiradas à noite no modo padrão deixam a desejar, com suavização excessiva e bastante ruído. Felizmente, o modo noturno dedicado consegue melhorar a nitidez, reduzir os ruídos e aumentar o contraste. A ultra-wide é ainda mais limitada em condições de pouca luz, enquanto o zoom digital é o que mais sofre ao ser usado em fotos noturnas.
A câmera frontal traz sensor de 16 MP e tira boas selfies em condições com iluminação ideal. O modo retrato não apresenta falhas significativas e não interfere na qualidade das imagens. Já as selfies noturnas perdem um pouco de nitidez, mas ainda assim são boas para compartilhar nas redes sociais.
Um dos destaques da câmera do G35 é a possibilidade de filmar em 4K com o sensor principal, algo que muitos concorrentes da mesma faixa de preço ainda limitam a Full HD. A qualidade dos vídeos é satisfatória, sem excesso de tremidos, e o foco responde bem em filmagens com movimento rápido. A captura de áudio é estéreo, embora a qualidade seja modesta, com dificuldade em lidar com ruídos de vento. As filmagens noturnas, por sua vez, não ficam tão escuras quanto as de outros celulares acessíveis.
O Moto G35 vem com o Android 14 de fábrica, modificado pela interface mais recente da Motorola. No entanto, ele não oferece todos os recursos encontrados nas versões mais avançadas da linha. Em relação à inteligência artificial, o aparelho utiliza a tecnologia de forma mais restrita, empregando-a apenas no aprimoramento do RAM Boost.
Esse recurso permite que o celular aloque até 8 GB de armazenamento para otimizar o desempenho multitarefas, prometendo melhorar a fluidez na troca entre aplicativos. Embora o conceito seja interessante, é importante não esperar um real ganho na velocidade do dispositivo.
Quanto aos recursos, o Barra Lateral é um dos destaques, permitindo o acesso rápido aos seus aplicativos favoritos a partir de um deslize do canto da tela. Porém, a versão dessa funcionalidade no Moto G35 é mais simples e não oferece a possibilidade de usar vários apps em modo janela.
Além disso, o aparelho mantém funcionalidades como gestos para facilitar o uso: é possível fazer uma captura de tela rápida ao deslizar com três dedos, girar o celular para abrir a câmera e sacudir o dispositivo para acionar a lanterna. No entanto, o app Moto e o Smart Connect, que facilita a conectividade com outras telas, não estão presentes neste modelo.
O Moto G35 é o melhor celular acessível com 5G ou há opções mais interessantes? O Galaxy A16 é um dos seus principais concorrentes. Embora o entalhe em formato de gota possa dar a impressão de um design mais antigo, ele compensa com uma tela Super AMOLED de brilho superior, porém com taxa de atualização de 90 Hz e áudio apenas mono. Em desempenho multitarefas, o Moto G35 leva vantagem e vence na duração de bateria. Por outro lado, as câmeras do A16 se destacam um pouco mais, especialmente em condições de pouca luz.
O Redmi 13C se apresenta como uma opção básica que atrai a atenção dos brasileiros, mas será ele a melhor escolha? Sua tela também possui 90 Hz, mas oferece um brilho superior e uma resposta de toque mais rápida. O áudio mono, assim como no Galaxy A16, não empolga. Em contrapartida, o Redmi 13C se destaca no desempenho multitarefas, embora a bateria tenha uma duração mais limitada. As câmeras, por outro lado, são mais simples, com desempenho inferior tanto para fotos quanto para vídeos.
O Moto G35 tem preço salgado de lançamento, mas poderá ser uma boa compra em futuras promoções
Embalagem traz apenas um carregador de 20W como acessório
Aparelho tem boa ergonomia, mas poderia vir com capinha na caixa
O Moto G35 não veio com a versão mais recente do Android e ainda traz versão mais simples da interface da Motorola
Tela entrega boa imagem, mas poderia ter brilho mais forte; som estéreo agrada
O Moto G35 pode ser um bom celular básico para quem mira no segmento intermediário e não quer gastar muito
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Motorola Moto G35