Depois de passarmos por vários celulares da linha Redmi Note 13, finalmente chegou a hora de conferir o que o modelo Pro em sua variante 5G tem a oferecer. Esta geração traz boas melhorias com tela aprimorada, chipset mais potente, mais opções de memória e câmera principal atualizada com sensor mais poderoso. Vamos conferir nesta análise os seus pontos positivos e negativos para saber se vale a pena comprar o Redmi Note 13 Pro 5G.

O Redmi Note 13 Pro 5G vem em caixa clara com a ilustração do aparelho na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

• Carregador com 67W de potência
• Cabo USB no padrão C
• Guia do usuário
• Capa de silicone
• Chavinha da gaveta do SIM Card

Como é padrão da Xiaomi, temos um celular muito parecido com outro da marca, neste caso o Redmi Note 13 Pro é quase um irmão gêmeo do Poco X6. A diferença no design fica para a ausência daquela área preta ao redor do bloco de câmeras que ostenta o logo da Poco, o que deixa o visual do Redmi mais limpo.

Ainda assim, temos duas câmeras em destaque com aros grandes ao lado esquerdo e uma menor ao lado direito localizada acima do flash de LED. A parte frontal é idêntica entre os dois modelos com um pequeno furo para a câmera de selfies e bordas finas que garantem um bom aproveitamento frontal para a tela.

O intermediário chinês é feito em plástico com traseira de vidro. É um aparelho completamente plano de todos os lados que escorrega com facilidade da mão. Comparado ao antecessor, temos um celular mais compacto e estreito, porém com mesma espessura e peso. Este que testamos é o mais escuro, enquanto há também opções claras em roxo e azul.

É bom ver que a Xiaomi adotou vidro Gorilla Glass Victus para tela, o que garante boa resistência a riscos e quebra. Há certificação IP54 para garantir que o aparelho sobreviva a respingos, como chuva, além de ter certa proteção contra poeira. É um pequeno avanço comparado ao antecessor, mas nada como a resistência avançada do modelo Pro Plus.

Há entrada para fones de ouvido no topo do aparelho, próximo a um dos alto-falantes e também do emissor infravermelho. Na parte inferior encontramos a gaveta para dois chips que não tem entrada para cartões microSD. O leitor biométrico vem incorporado à tela e responde rapidamente ao reconhecimento da digital.

O Redmi Note 13 Pro vem com Wi-Fi padrão AC, o que é um retrocesso comparado ao antecessor com a sexta geração da tecnologia. Demais conectividades são as mesmas de antes com Bluetooth 5.2, NFC e 5G.

O Redmi Note 13 Pro traz tela de 6,67 polegadas do tipo OLED com resolução de 1220p e taxa de atualização de 120 Hz. Temos um painel do tipo 12-bit capaz de reproduzir muito mais tons de cores diferentes que a maioria dos celulares com tela AMOLED do mercado.

Há também outras tecnologias presentes para reduzir o cansaço visual com um display com baixa oscilação de brilho. Temos suporte a HDR10+ e Dolby Vision para experiência completa em serviços de streaming, além de brilho forte para garantir boa visibilidade em locais abertos, mesmo ao usar o celular sob luz solar direta.

A tela vem em modo automático para controlar a taxa de atualização que vai de 30 a até 120 Hz, passando pelas velocidades de 60 e 90 Hz quando necessário. Você pode travar o painel a 60 ou 120 Hz caso prefira ter fluidez máxima o tempo todo ou focar em maior autonomia de bateria.

Há três saídas de som no Redmi Note 13 Pro, já que o alto-falante de chamadas também serve como canal secundário. O áudio é bem equilibrado entre as saídas superiores e inferior, o que garante uma experiência imersiva com som bem balanceado.

A potência máxima está acima de muitos intermediários e não apresenta distorção com o volume no máximo. Há bom equilíbrio entre os graves, médios e agudos, com direito a equalizador completo que vem com Dolby Atmos ativado por padrão.

O Note 13 Pro vem com o mesmo chipset Snapdragon 7s Gen 2 do Poco X6. Aqui temos um processador octa-core com quatro núcleos da série A78 e mais quatro A55 aliados à GPU Adreno 710. O modelo que testamos possui 8 GB de RAM, mas você pode encontrar esse Redmi em versões com 12 e até 16 GB.

Essa configuração garante bom desempenho multitarefas ao conseguir segurar muitos apps abertos ao mesmo tempo. Ele foi mais ágil que o seu antecessor em nosso teste de velocidade e também ficou acima do Poco X6 com mesmo hardware. Em benchmarks temos uma pontuação próxima dos 600 mil pontos no AnTuTu, o que o deixa alinhado com os melhores intermediários.

E o desempenho em jogos? Call of Duty rodou bem na qualidade Alta com todos os recursos ativados. PUBG vai bem na opção HDR com taxa de quadros no Ultra e extras habilitados.

Aqui temos uma bateria de 5.100 mAh, uma capacidade ligeiramente maior do que é comum ver em celulares intermediários da Xiaomi. O modelo anterior apresentava ótima autonomia e o novo segue a tradição.

O Redmi Note 13 Pro conseguiu 31 horas em nosso teste que simula uso moderado com alguns jogos. É uma autonomia mais do que suficiente para a maioria, sendo capaz até de render dois dias longe de tomadas.

Ele traz um carregador de 67W na caixa que leva 45 minutos para encher totalmente a bateria. Uma carga rápida de 15 minutos recupera quase metade, o que já é suficiente para mais de 10 horas de uso moderado. Com 30 minutos na tomada terá 80% da bateria para usar.

A maior diferença entre o Poco X6 e o Redmi Note 13 Pro é a câmera principal. Neste temos um sensor de 200 MP, o ISOCELL HP3 da Samsung com estabilização do tipo óptica. A secundária é a já conhecida câmera ultra-wide de 8 MP com sensor IMX355 da Sony e por último uma câmera simples de 2 MP com lente macro da OmniVision.

As fotos registradas por padrão saem em arquivos de 12 MP por conta da compressão de software. Temos imagens nítidas com boas cores e contraste. A faixa dinâmica é um pouco limitada e o HDR nem sempre ajuda a compensar o brilho ao fotografar no fim de tarde com o sol de fundo.

Principal | Ultra-wide

Há modo 200 MP para fotografar na resolução máxima em troca de mais detalhes registrados, mas pode acabar devorando até 10x mais espaço. Considerando que o Redmi Note 13 Pro não possui expansão de memória, talvez seja melhor usar a câmera no modo padrão.

O bom de ter um sensor de alta resolução num celular intermediário é que acaba compensando a falta de câmera dedicada para zoom. Mesmo usando zoom digital ainda temos fotos nítidas de detalhes não tão distantes. Claro que ao tentar fotografar algo muito longe terá fotos suavizadas, mas não descartáveis como em muitos intermediários.

Padrão | 200 MP

A ultra-wide faz fotos um pouco mais escuras e pesa mais no contraste. Ainda assim captura imagens com boa nitidez e cores, registrando uma área muito maior dos cenários. As bordas ficam suavizadas ao fotografar à noite, mas não será preciso evitar usar essa câmera em locais mais escuros.

E temos a macro, a câmera menos importante do conjunto. O sensor simples de 2 MP faz apenas o básico: não espere por fotos nítidas ou mesmo cores e contraste similares ao da câmera principal. O efeito de desfoque é feito via software e gera bons resultados.

Zoom

Macro

As fotos noturnas agradam em nitidez, cores e contraste. É bom ver que o modo noturno entra em ação quando necessário para recuperar detalhes perdidos nas sombras. Também é possível usar o zoom sem grande perda de qualidade, o que garante uma boa flexibilidade para o Redmi Note 13 Pro à noite.

Noite

A câmera frontal de 16 MP faz boas selfies com tom natural e faixa dinâmica ampla. Mesmo em selfies à noite, ainda temos fotos nítidas com boas cores. O modo retrato não apresenta tantas falhas quanto em outros intermediários da Xiaomi e o efeito de desfoque é caprichado para uma boa separação entre planos.

Selfies

A filmadora grava em 4K com a principal e Full HD com a câmera frontal. A qualidade dos vídeos agrada em nitidez e cores. Há estabilização eficiente para eliminar grande parte dos tremidos, enquanto o foco é ágil e a captura de som é estéreo com boa qualidade. A câmera frontal sofre mais à noite com vídeos bastante escuros.

O Redmi Note 13 Pro 5G sai da caixa com Android 13 modificado pela MIUI 14 e no momento em que testamos ele ainda estava com essa versão, mas com a promessa de receber o HyperOS baseado no Android 14 em breve.

O sistema reserva por padrão 4 GB do armazenamento para expandir a RAM e permite reservar até 8 GB, mas não espere que isso faça algum impacto no desempenho multitarefas. Pelo menos a interface flui bem no uso corriqueiro.

O leitor biométrico vem com sensor de batimentos cardíacos integrado, um extra bacana que está cada vez mais presente nos celulares da Xiaomi, até mesmo os mais baratos. Os demais recursos são os mesmos vistos em outros com a MIUI, incluindo a loja completa de temas e diversos atalhos para ampliar a usabilidade.

Como dito, o Redmi Note 13 Pro e Poco X6 são bastante parecidos e com isso surge a dúvida: qual comprar?

Eles possuem o mesmo tamanho e medidas com a diferença ficando para o design na traseira. Entregam experiência multimídia similar, mas o Redmi é mais ágil no multitarefas e sua bateria dura mais, além de carregar em menor tempo. Sua câmera de 200 MP registra melhores fotos que a de 64 MP do Poco, enquanto o restante do conjunto faz fotos e vídeos com qualidade similar.

Talvez o maior rival do Note 13 Pro atualmente seja o Galaxy A35. Ele tem bordas mais largas, mas compensa com certificação IP67 para maior resistência à água. Sua tela não é tão avançada quanto a do Xiaomi, mas ainda garante ótima experiência multimídia. O desempenho multitarefas é mais lento, enquanto a bateria dura menos e demora mais para recarrega. O A35 captura boas imagens e tem melhor HDR, mas não chega a ser superior ao rival em fotos e vídeos.

Pontos fortes

• Boa experiência multimídia
• Desempenho acima da média
• Bateria dura bem
• Recarga rápida
• Câmeras competentes

Pontos fracos

• Poderia ter a mesma certificação IP do modelo superior
• Câmera ultra-wide poderia ser melhor
• Stlot microSD compensaria o espaço ocupado por fotos de 200 MP