Chegou a hora de conferir o Galaxy M35, o intermediário da Samsung com muita bateria que promete conquistar aqueles que buscam um celular acessível com autonomia para dois dias. Vamos conferir os seus pontos fortes e fracos para saber se a novidade é realmente uma boa compra ou há opções melhores.

O Galaxy M35 vem em embalagem similar a de outros lançamentos recentes da marca. Ela é na cor branca feita de papel cartão. Além do celular você recebe:

• Carregador de 15W
• Cabo USB no padrão C
• Manuais
• Chavinha para abrir gaveta do cartão SIM e microSD

Logo de cara vemos duas mudanças muito bem-vindas com relação ao design: o antigo entalhe em formato de gota foi trocado por um furo para a câmera de selfies e as bordas estão mais finas, o que permite aumentar a tela sem deixar o celular maior.

Curiosamente, o novo está mais gordinho e pesado, por mais que venha com o mesmo tamanho de bateria. A construção é feita toda em plástico liso com textura quadriculada por baixo que o diferencia dos demais celulares da Samsung. Entre as opções de cores temos azul claro, azul escuro e cinza.

Ainda há três câmeras na traseira sem bloco que as separem do restante do corpo. Cada sensor é envolto por um aro com acabamento metálico e temos um pequeno flash em LED ao lado direito.

O sensor biométrico vem incorporado ao botão de energia e responde bem ao mais simples toque. A entrada padrão para fones de ouvido foi removida e parece que a Samsung vai eliminar o conector até mesmo nos modelos mais básicos.

A gaveta é do tipo híbrida e permite expandir o armazenamento com cartões de até 1 TB, desde que você esteja disposto a abrir mão de uma segunda linha. O Wi-Fi é de sexta geração, o Bluetooth 5.3 e há suporte a NFC e 5G.

A tela cresceu para 6,6 polegadas e continua com painel Super AMOLED de 120 Hz com resolução Full HD+. O brilho é alto para o segmento e garante boa visibilidade fora de casa. Esse é um dos diferenciais do M35, já que ainda é comum ver intermediários acessíveis com tela com baixo brilho.

É bom ver que a Samsung não economizou no painel e neste temos uma taxa de atualização automática que regula a velocidade de acordo com o uso para ajudar a economizar bateria. Enquanto ainda há alguns intermediários baratos da marca com taxa de atualização fixa.

A tela exibe belas imagens com cores saturadas e amplo ângulo de visão. Caso prefira é possível alterar o perfil para ter cores mais próximas da realidade, assim como também ajustar a temperatura do branco ao seu gosto.

O M35 pode até ter perdido a entrada padrão para fones de ouvido, mas em troca ganhou som estéreo para uma maior imersão com filmes e jogos. Ele usa o alto-falante de chamadas como canal secundário e garante boa potência de ambos os lados.

O som é bem equilibrado entre graves, médios e agudos, o que nem sempre é o caso de celulares deste segmento. Há equalizador completo com suporte a Dolby Atmos que também possui uma opção específica para otimizar o áudio para jogos.

O M35 traz o mesmo chipset presente no A35, o Exynos 1380. Ele traz 8 GB de RAM e ainda usa mais 4 GB com o RAM Plus. Tivemos um bom desempenho em nosso teste multitarefas ao segurar os apps abertos em segundo plano e ainda ser mais rápido que seu antecessor.

Ele foi mais rápido que alguns intermediários da Samsung com 6 GB de RAM e fica próximo de rivais de outras marcas no tempo de carregamento de apps e jogos.

Há um pequeno salto em benchmarks entre gerações e no AnTuTu conseguimos uma média de 600 mil pontos. Testamos Call of Duty na qualidade alta com alguns extras ativados para uma boa experiência. No PUBG é possível jogar na opção HDR no ultra com tudo ativado.

E chegamos ao ponto mais atrativo do Galaxy M35, a sua generosa bateria de 6.000 mAh, o maior diferencial da linha que foi cortado no M55.

Se você está pensando em comprar o M35 por conta de sua bateria grande, vai ficar feliz em saber que ele realmente manda bem em autonomia e passou das 38 horas de uso moderado, ficando entre os melhores testados pelo TudoCelular.

Há suporte a carregamento máximo de 25W, mas a Samsung manda na caixa um carregador de apenas 15W que leva mais de 2 horas para encher totalmente a bateria. Com 15 minutos na tomada terá 13% para usar e chega a 26% com meia hora de carga.

O conjunto fotográfico é formado por câmera de 50 MP, ultra-wide de 8 MP e macro de 5 MP, sendo esta última a novidade desta geração. Na parte frontal temos uma câmera de 13 MP para selfies.

O sensor principal comprime quatro pixels em um, como é padrão em celulares com câmera de 50 MP. A qualidade é boa no geral com bom nível de detalhes, cores saturadas e poucos ruídos em ambientes bem iluminados.

Padrão | 50 MP

Você pode usar a resolução máxima do sensor, mas no caso do Galaxy M35 nem vale a pena. Os arquivos ficam quatro vezes maiores e não há uma diferença considerável na nitidez. É até possível notar que os ruídos ficam mais aparentes neste modo.

A ultra-wide também faz boas fotos em locais iluminados e apresenta pouca perda de nitidez comparada ao sensor principal, mantendo o contraste e cores inalterados. À noite temos uma diferença maior entre as duas câmeras, especialmente quando há pontos luminosos que ficam mais estourados.

Principal | Ultra-wide

A câmera macro é a mais simples do conjunto, porém mais útil que a da geração anterior. Como agora temos um sensor com resolução superior, é possível capturar mais detalhes de pequenos objetos. O desfoque é feito via software e apresenta bons resultados, assim como o zoom em 2x. Já fotografar o que está distante resulta em imagens de baixa qualidade.

Macro

O Galaxy M35 faz boas fotos noturnas sem apresentar perda de saturação ou contraste exagerado. Há um modo noturno dedicado que prolonga a exposição para capturar mais luz e entregar fotos claras sem distorção.

Noturno

A câmera frontal é um dos grandes pontos fortes do conjunto. Temos imagens nítidas, com boas cores e tom de pele ideal. O modo retrato faz uma boa separação entre planos com poucos erros aparentes.

Selfies

A filmadora grava na resolução máxima 4K a 30 fps com a câmera traseira e frontal. A qualidade dos vídeos é similar à das fotos e mesmo à noite não temos filmagens escuras. Há estabilização do tipo óptica no sensor principal que lida com boa parte dos tremidos. O foco é ágil e a captura de som é estéreo com boa qualidade.

O Galaxy M35 sai da caixa com Android 14 e deve receber quatro atualizações do robozinho e cinco anos de updates de segurança, sendo muito mais do que outras fabricantes oferecem para seus intermediários.

A interface é a One 6.1 que traz muitos dos recursos presentes em outros celulares da marca, como o Always on Display que deixa a tela sempre ativa para exibição de hora, widgets e notificações. Há o Menu Lateral para adicionar atalhos dos seus apps favoritos e ter fácil acesso de qualquer tela.

É possível usar o botão de energia como atalho para a câmera ao pressionar duas vezes, usar como atalho para o Samsung Wallet ou outro aplicativo que acha mais útil. Também há a lojinha conhecida da Samsung com várias opções de temas para customizar a interface.

O Galaxy M35 é uma melhor escolha do que o A35? O outro intermediário da Samsung possui certificação IP67 para resistência contra água e Gorilla Glass Victus+ para maior resistência contra riscos e impactos. Ambos contam com mesmo chipset, mas o M35 foi mais ágil em nosso teste multitarefas e sua bateria durou 11 horas a mais. Os dois possuem conjunto fotográfico similar e fazem boas fotos e vídeos.

O Moto G84 é encontrado atualmente no mesmo valor do M35, mas será que o intermediário da Motorola é a melhor opção? O G84 tem textura que imita couro e traz cor diferenciada da Pantone, além de certificação IP54 para resistência a respingos. Sua tela OLED é menor, mas exibe mais cores. Em desempenho podemos dizer que ficam no mesmo patamar, enquanto em bateria e câmera a vitória é do Galaxy.

Pontos fortes

• Bela tela AMOLED de 120 Hz
• Bom desempenho
• Excelente autonomia de bateria
• Câmera registra fotos bacanas

Pontos fracos

• Acabamento simples
• Tempo de recarga lento
• Macro ainda é dispensável