Sabemos que o tempo de uso do Netflix já supera o empregado em sexo por diversas pessoas, e informações como esta, estimularam um estudo mais aprofundado sobre o caso com resultados um tanto quanto surpreendentes.

Segundo uma pesquisa recente realizada em torno do comportamento sexual, os millennials (pessoas que nasceram nos anos 80 e 90) estão fazendo menos sexo do que as gerações passadas, e a culpa disso tudo nada mais é do que dos smartphones.

Os dados foram colhidos através de uma pesquisa social realizada entre 2015 e 2016, que questionava os hábitos sexuais de diversos indivíduos; o resultado obtido mostrou que os millennials fazem muito menos sexo do que as gerações anteriores.

Para aqueles nascidos nos anos 90, as chances de ter uma vida sexual tia nos primeiros anos da fase adulta eram ainda menores; 15% dos entrevistados entre 20 e 24 anos ainda não haviam perdido sua virgindade (cerca de 6% a mais do que os resultados colhidos para pesquisas similares realizadas durante a década de 90).

De acordo com o pesquisador Jean Twenge, os aplicativos de namoro virtual (Tinder, Happn, Once, Lovoo, Fresh, Grindr, Hornet e muitos outros) estão fazendo com que a pessoas se liguem cada vez mais na aparência física, e por isso, elas acabam ficando mais seletivas:

Eles acabam colocando muita importância na aparência física, e isso, eu acredito, está deixando uma grande parte da população de fora. Para aqueles que tem uma aparência mais ‘comum’, casamento e relacionamentos estáveis eram onde eles estavam sexualmente ativos… os apps de namoro virtual acabaram por deixa-los com menos opções ainda, e eles podem estar relutantes de buscar por novos parceiros.

O professor de pediatria Normal Pack (Harvard) acredita que o distanciamento pode estar ocorrendo devido à falta de momentos ‘sozinhos’: “Sempre há outro alguém no mesmo lugar; é qualquer coisa eletrônica que esteja funcionando.“

Pelo visto, aplicativos que foram criados para facilitar interações humanas estão, aos poucos, tornando-as cada vez mais difíceis. Mas nem todos os estudiosos concordam que a culpa seja dos apps; alguns acreditam, por exemplo, que isso seja apenas resultado de uma geração melhor informada sobre sua saúde.