O CEO da Apple, Tim Cook, revelou que está formando um fundo para promover "trabalhos avançados de manufatura" nos Estados Unidos. Esta nada modesta iniciativa teria a verba de US$ 1 bilhão, que seriam usados para financiar uma fábrica e gerar empregos nos EUA. Durante uma entrevista, o executivo disse que a Apple vai revelar seus primeiros investimentos do fundo ainda este mês.

A iniciativa, alega Cook, foi algo que a Maçã começou a desenvolver bem antes da eleição de Donald Trump. O republicano é um grande entusiasta de que a firma (e tantas outras) desenvolva e produza eletrônicos em território nacional, já que atualmente a fabricação ocorre na China.

A Apple pode ser proibida de importar seus próprios produtos da China devido à batalha judicial com a Qualcomm, que pediu a restrição aos órgãos competentes. Embora seja pouco provável que isso ocorra, uma eventual proibição poderia acelerar a construção desta fábrica.

A taxa de desemprego na indústria de computadores e eletrônicos nos EUA foi relativamente baixa, em 2,2% em dezembro de 2016, segundo aponta o TechCrunch. No entanto, o número de pessoas empregadas neste ramo de atividade tem entrado em declínio nos EUA desde 2007. Estima-se que a fabricação de eletrônicos e portáties, de forma mais ampla, emprega cerca de 9% da força de trabalho dos EUA.

De acordo com um estudo realizado pela Deloitte e pelo Manufacturing Institute, 80% dos fabricantes dos EUA estão enfrentando uma escassez moderada ou grave de candidatos qualificados para posições de produção qualificada e altamente qualificada em suas instalações. Um dos motivos disso seria justamente a terceirização de produção para países em que os empregados custam menos em relação a um americano, sobretudo na Ásia.