
11 Novembro 2014
Em maio deste ano, nós (junto com muitos outros veículos de imprensa) publicamos que o Terminal 3 de Guarulhos seria um paraíso para qualquer um que quer comprar um iPhone - ou qualquer outro eletrônico. Produtos sem qualquer imposto e com valor do exterior, cobrado em dólar. O problema é que já mostramos que o preço estava em moeda nacional, logo após sua inauguração. Passamos lá nesta semana e tudo continua sem dólar, com imposto e com preços até maiores do que a própria FNAC de rua cobra.
Sim, a Meca dos eletrônicos do Brasil ainda não foi inaugurada e não há qualquer previsão para inauguração. O problema com a liberação do valor que deveria existir para o local onde a loja está, não é a vontade da FNAC. Aquele local, que fica após a checagem de bagagens e passaporte, de acesso apenas para quem já comprou uma passagem e irá embarcar no mesmo dia para o exterior, recebeu o nome de Terminal 3 e ganhou decoração estilo-Europa, com amplo saguão de lojas de todos os tipos, muito vidro e requinte nas paredes. Todas as lojas que estão lá, nesta zona, vendem com preço em dólar e sem qualquer imposto nacional - chamamos este local de Zona Franca.
Para operar por ali, a loja precisa de uma autorização especial da Receita Federal, que permite (ou não) a operação em moeda estrangeira - algo proibido em todo o Brasil, com exceção das Zonas Francas de aeroportos internacionais. A FNAC entrou com o pedido para a liberação há quatro meses, com a esperança de que a papelada estivesse pronta para a inauguração da loja, no mesmo momento em que o Terminal 3 fosse inaugurado. O Terminal foi inaugurado, a loja também e a Receita não entregou a autorização. Isso significa que a loja pode sim funcionar e vender tudo que está em seu - pequeno - estoque, mas em moeda nacional e com os mesmos impostos que qualquer loja está sujeita.
Perguntamos aos funcionários sobre qual seria a data prevista para a comercialização como Zona Franca. A resposta que tivemos, em mais de uma vez, é que ainda não há qualquer data, mas que o valor em dólar e sem imposto será cobrado em algum momento do futuro. Olhamos então os preços cobrados pelos produtos em exposição (não havia um iPhone sequer). Todos estavam com etiquetas com valor de rua, que a própria FNAC cobra. Olhamos então o iPad Air de 16 GB e sem 4G: estava mais caro, em média R$ 250 mais caro do que a própria rede varejista francesa.
O vendedor nos informou que alguns produtos são mais baratos (pouca coisa mais barata), enquanto outros são do mesmo valor da loja e do site. O iPad Air aparentemente está fora desta lista e dentro de outra onde o preço à vista não inclui qualquer desconto.
O que fica como possível motivo para a abertura, mesmo sem a autorização para a venda como Zona Franca, é a Copa do Mundo e a pressa de inaugurar a loja junto do Terminal 3. Estamos próximos do evento e muitos passarão pelo local, mesmo que com lojas fechadas (a maioria não estava sequer pronta) e com distância de mais de 15 minutos de caminhada para sair do Terminal 1 e chegar no Terminal 3.
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