Microtransações em jogos são um tema polêmico hoje em dia e vêm causando muita indignação. Recentemente, tem havido muita controvérsia em torno de Star Wars Battlefront II, por exemplo. A EA inclusive retirou temporariamente as microtransações do jogo, depois de diversas críticas a seu modelo de monetização. Se você for no Facebook e Twitter, existem inúmeras publicações que expressam preocupação e prometem boicotes a esse tipo de prática. Porém até agora não estava claro como a comunidade gamer como um todo se sentia em relação a toda esta questão.

Recentemente, a plataforma de discussão de dados, Qutee, realizou um estudo no qual descobriu que 69% dos consumidores acham microtransações cosméticas, como as encontradas em Overwatch, aceitáveis. O relatório é bastante extenso, porque conta com mais de 10 mil respostas e explora de forma profunda a questão. Além dos 69% que não se mostraram contra as microtransações, apenas 6% disseram que nunca fizeram compras em jogos. Surpreendentemente, apenas 22% tiveram um problema com as microtransações "tóxicas", do tipo pay-to-win (que dão vantagens no jogo para quem comprá-las).

Flint Barrow, co-fundador da Qutee, emitiu a seguinte declaração em resposta aos resultados do estudo de sua empresa.

A indústria está no meio de uma mudança cultural, ao mesmo tempo que experimenta dores do crescimento. A busca do lucro em alguns trimestres levou à estagnação na melhor das hipóteses, e a táticas predatórias na pior das hipóteses. Os jogadores estão assistindo e estão no centro da interação entre a paixão e a inovação. Felizmente, o mercado é tão grande que deixa espaço para a fragmentação, onde as empresas de ambos os lados conseguem esculpir um nicho.

Enquanto o tamanho da amostra é relativamente pequeno, dada a população de jogadores, o resultado vai de encontro à percepção de que a maioria dos jogadores está contra as loot boxes.